LÓNG [龙]:
UM EFÊMERO PASSEIO PELA FIGURA DO DRAGÃO CHINÊS
1 – A figura do Dragão
As experiências de um dragão contornam ciclos
infinitos. Ele vivenciou eras e mais eras, seja no Oriente ou no Ocidente. A
figura do dragão, cujos olhos simbolizam proteção, é tão longínqua, que por
vezes ela é retratada como um animal simbólico, alegórico, uma lenda que habita
o imaginário das pessoas. Por outras, é definida como uma criatura observável
na realidade. O fato é que, a figura do dragão é tão antiga, tão dispersa que,
além de despertar interesse, não se permite precisar a sua origem, pois “a
humanidade toda participou do processo de molda-la”. [Smith, 1919]
Smith [1919] aponta que “o dragão evoluiu junto com a própria civilização. A busca para o elixir da
vida, para retroceder os anos da velhice e conferir o dádiva da imortalidade,
tem sido a grande força motriz que compeliu homens para construir o tecido
material e intelectual da civilização”.
Para Smith [1919]: “a lenda do dragão é a história dessa busca que
preservou a tradição popular: cresceu e acompanhou o ritmo de luta constante
para compreender a meta inatingível dos desejos dos homens”.
No imaginário das pessoas, a figura do dragão
conta com variantes e simbologias diferentes. Num estudo conduzido por Chen
Dezhang [2000]: “a maioria dos chineses gosta do dragão e acredita que ele
representa auspiciosidade [26%], dignidade [18%] e poder [10%], enquanto que a
maioria dos falantes de inglês tem más associações com relação à ele: ardente [18%],
mistério [16%], medo [8%] e ferocidade [8%]” [Qianxu, 2021].
No ocidente, etimologicamente, a palavra
dragão deriva do latim dracō, e do grego drákōn. O prefixo drak-,
significa “ver claramente” ou “fitar” e está relacionado à expressão olho de
drako, sobretudo nas narrativas em que os dragões desempenham a função
de guardião e mantém sob vigilância os tesouros. Ele é o delegado da
ferocidade, do mal e evoca grande aversão.
No dicionário Michaelis [2019], o dragão é
definido como um “ser fabuloso, semelhante a um grande lagarto alado e
representado com cauda de serpente e garras enormes, geralmente dotado da
capacidade de expelir fogo pela boca”. Já o Houaiss [2009] o define como
“animal fabuloso, representado como serpente ou sáurio com corpo coberto de
escamas, dotado de garras, asas e uma grande boca que expele fogo”.
Antes da era comum, entre os gregos, por exemplo,
a figura do dragão tinha duplo significado: ele era o inimigo a ser abatido e
ao mesmo tempo, o caminho para o tesouro. Klautau [2020] exemplifica que na Teogonia,
de Hesíodo, Tífon, monstro-serpente gerado por Gaia e Tártaro, foi o último
desafio para Zeus assumir como rei dos deuses. No jardim das Hespérides, o
dragão, guardião dos pomos de ouro, foi morto por Hércules.
Na era comum, a figura do dragão foi
retratada por períodos: o dragão-mito da antiguidade, o dragão-lenda da Idade
Média e até o dragão-personagem na era contemporânea. O dragão-mito está
associado ao metafísico, ao divino. O dragão-lenda, é o algoz da sociedade. Ele
é o inimigo, o selvagem e só poderá ser derrotado por grandes heróis. Após a
derrota, o caminho para o tesouro é certo. O dragão-personagem, é apresentado
em cinco fases que iniciam-se no final do século XIX. A primeira caracterização
do dragão-personagem [do final do século XIX e início do século XX], é mau,
maligno e dotado de fala. O do século XX, não é bom, mas também não é mau. Ele
se permite ajudar alguns humanos selecionados. O dragão do final do século XX e
início do século XXI é denominado de dragão-montaria, ele é domado, usado para
fins e objetivos humanos. O atual, dragão do século XXI, é considerado um dragão-pet,
protegido por crianças e precisa de ajuda dos humanos para sobreviver. Durante
a pré-história, por volta do século IV AEC, os dragões apenas rastejaram para
dentro de uma história natural, porém na Idade Média eles ganharam asas e
saíram voando. [Chinelato, 2017]
Nas tradições orientais, como as da China,
Coreias e Japão, a relação com os dragões é mais harmoniosa. Ele é apresentado
como um dragão-natureza, cuja figura é mais gentil e menos hostil. É
simbolizado como uma força superior que deve ser respeitada e reverenciada.
Para Chuang Tzu [1998], um dos grandes expoentes do Taoísmo Chines do século IV
AEC, o dragão representa o ritmo da vida, a fecundidade e a destruição.
Comumente, ele é símbolo de nobreza, boa sorte e é representado com uma bela
imagem que memora um sentido de respeito.
Nenhuma criatura mítica é mais familiar à arte e à arte do Extremo Oriente
como o dragão. De acordo com Visser [1918] “é interessante observar que há três
tipos diferentes de dragões, originários da Índia, China e Japão que
encontram-se lado a lado. Para o superficial observador, todos eles pertencem a
uma mesma classe de chuvas, trovões e tempestades que despertam os deuses da
água, mas um exame cuidadoso nos ensina que eles são diferentes”.
2 – Lóng [龙]:
o dragão chinês
O dragão chinês tem natureza divina. É
venerado e respeitado pelo Chineses. Ele tem sete qualidades supremas: a
primeira refere-se à sua natureza aquática, considerada a mais importante, pois
o dragão chinês, que adora águas, tem o poder de controla-las. Ele é capaz de
fazer chover, de criar nuvens, trovões ou raios e de gerir as quatro estações
do tempo.
A segunda e terceira naturezas, representam o
elo de ligação do dragão com o céu e a terra, pois ele têm a habilidade de voar
e de acessar à abóbada celeste. As outras naturezas referem-se a capacidade de
mudanças, sobretudo de tamanho de corpo, a demonstração de espiritualidade,
insígnia de bons presságios e o seu aspeto feroz, é sinal de azar. [Jin, 2000]
Como símbolo de boa-sorte e bons presságios,
narra a história que o nascimento de grandes sábios e
imperadores foi precedido pelo aparecimento de dragões e fênix. Na noite do
nascimento de Confúcio [551, AEC], por exemplo, dois dragões azuis desceram do
céu e foram até a casa de sua mãe. Ela os viu em seu sonho e deu à luz ao
grande sábio. No mesmo sentido, diz a biografia do Imperador Hiao Wu, da
dinastia Han [140-87 AEC] que, antes do seu nascimento, seu pai, o Rei
Imperador, sonhou que um porco vermelho descia das nuvens e entrava diretamente
no Ch'ing fang koh [Corredor de Fragrâncias Exaltadas]. No dia seguinte,
avistou-se no corredor, um dragão vermelho girando por entre as vigas.[Vessir,
1918, p. 57]
Durante o reinado de Kwang Wu [25-57], os dragões foram vistos à noite espalhando
uma luz brilhante por todo o céu. A aparição noturna iluminou o palácio de Kung
Sun-shuh que considerou isso um presságio de boa sorte e se autoproclamou
Imperador de Shu, além de mudar o seu nome
para Lung-Hing, "Ascensão do Dragão", Imperador Branco. [Vessir, 1918]
O rei Shan
Hai o descreveu como o
deus do Monte Chung e o iluminador das trevas, pois ao abrir os olhos, o dragão
cria a luz do dia e ao fechar, da noite. Ao soprar, ele faz o inverno, ao
expirar, o verão. Ele não come, não bebe e não descansa. A sua respiração causa
o vento e o seu comprimento é de mil milhas. Ele está no leste de Wu-k'i e o seu
corpo é o de um cobra de cor vermelha. [Vessir, 1918]
Acreditava-se
que quando os dragões brigavam, no ar ou no mar, era sinal de mal presságio,
pois haveriam tempestades e inundações. As nuvens e as fumaças eram o seu
hálito e os trovões eram enviados pelos céus com o objetivo de apaziguar o
combate. Por séculos,
nos tempos antigos, grandes inundações, tempestades e trovoadas foram atribuídas
aos dragões. As tempestades, muitas
vezes severas, costumavam causar muitos danos e calamidades, sobretudo na china
antiga, sociedade essencialmente agrária e, apesar de serem bem-vindas em
tempos de seca, em circunstâncias normais os exércitos ameaçadores no céu eram
vistos com grande medo. Além das calamidades que as grandes tempestades
causavam, as lutas entre os dragões eram consideradas maus presságios para o
futuro, como desordens, guerras e até a queda da dinastia. [Vessir, 1918, p. 60]
Por eras, a figura do dragão tem sido retratada em obras literárias, desde
os cinco clássicos da literatura chinesa antiga [Yih king, Shu king. Li
ki. Cheu li e I-li], datados de mais
de 2000 anos, até
os dias atuais. Durante a Dinastia Song [960 – 1279] passando pela Han até à
Qing [1636-1912], o dragão foi representado sem muitas variações: com três
juntas, divididas da cabeça aos ombros, dos ombros ao peito, do
peito à cauda
e com as nove semelhanças: os chifres lembravam os
de um cervo, a cabeça é a de um camelo, os olhos são os de um demônio, o pescoço
é semelhante ao de uma cobra, a barriga é a de um molusco [shen], as
escamas são as de uma carpa, as garras são as de uma águia, a solas são as de
um tigre, as orelhas são as de uma vaca. Em sua cabeça ele tem chifres grandes
[ch'ih muh], sem eles um dragão não poderá ascender ao céu. [Vessir,
1918]
Diante das suas características divinas, os
imperadores feudais recorriam ao culto do dragão para exteriorizar a autoridade
suprema da monarquia e o direito divino dos imperadores. Citar a majestosidade
do dragão era uma estratégia de governança que auxiliava na defesa da dignidade
da monarquia, a deificar os monarcas e a consolidar o poder absoluto. Na obra
“os Apontamentos do Escrivão [shǐjì], a mãe do Imperador Gaozu de Han,
sonhou com divindades enquanto descansava no campo e deu à luz ao seu filho
pela telepatia. Era um dia com trovões e muitos relâmpagos. Quando o pai de
Gaozu dirigiu-se ao encontro de sua esposa, ele avistou um dragão dobrando-se
sobre o corpo dela.
Na Dinastia Tang [618 – 907], o dragão chinês
evoluiu para o símbolo do imperador. Nesse período, a figura do dragão, que
representava o poder imperial, atingiu o seu ápice. O dragão chinês
transformou-se em “dragão imperial”. O uso da figura do dragão passou a ser
restrito do imperador, tornando-se suprema e autocrata. Suas imagens e desenhos
eram estampados nos palácios, nos tronos do imperador, nas vestimentas, bandeiras,
selos e vasos. Ao longo das dinastias Ming e Qing, a imagem do dragão imperial
consolidou-se. Após um longo período de glórias, a figura do dragão
desapareceu, simultaneamente com a queda da Dinastia Qing. [Qianxu, 2021]
Os dragões chineses podem ser fêmeas ou machos. A diferença é que o chifre
do dragão macho é ondulado, côncavo, íngreme, forte no topo e fino abaixo. A
fêmea tem o nariz reto, crina redonda, escamas finas e cauda forte. Suas espécies podem variar entre os ying-lung
[fruto de um quadrúpede chamado mao-tuh], os kiao-lung [dragão pulmão,
são fruto de um peixe chamado kiai-lin], os sien-lung [fruto de uma fera
chamada kiai-t'an] e o k'üh-lung [produzidos por uma planta marinha
chamada hai-lü]. Suas cores, a depender da sua origem e evolução, passeiam
entre o branco, azul, vermelho, preto e amarelo. Estes últimos, são considerados a quintessência de shen e o chefe
dos quatro dragões. [Vessir, 1918]
No fung-shui ["vento e
água"], sistema geomântico, predominante em toda a China desde os tempos
antigos até os dias de hoje, o tigre e o dragão, deuses do vento e da água, são
as pedras angulares. Da mesma forma, o dragão
encontra-se na quinta posição do
Zodíaco Chinês. Ele representa o mistério, a vitalidade e o próprio universo. De
acordo com Wu [2005]: “Astuto e entusiasmado, o Dragão é o signo com maior
poder e influência. Ao contrário dos outros animais, o Dragão é uma criatura
mítica e signo de boa sorte e saúde vital”. Atualmente, esse magestoso e mítico
animal, além de ser um dos protagonistas do folclore chinês, é simbolo de poder
auspicioso.
3 – Referências
Renata Ary é doutora em educação, mestre em
direitos difusos e coletivos e pós graduada em Direito Processual Civil pela
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo [PUC-SP]. É docente universitária
em direito processual civil e direito civil da Universidade São Francisco [USF]
- SP.
CHINELLATO. Giovana. Reflexos nos olhos do
dragão: uma saga da relação homen-natureza a partir das narrativas do dragão.
Campinas: Dissertação de Mestrado pela Pontifícia Universidade Católica de
Campinas. 2017.
DICIONÁRIO MICHAELIS.
Comunicação. Michaelis On-line. 2019.
HOUAISS, Antonio. VILLAR, Mauro; FRANCO,
Francisco Manoel de Mello. Dicionário
Houaiss da Língua Portuguesa. 2009.
KLAUTAU, Diego. A pandemia, o dragão e
o apocalipse. Disponível em https://tolkienista.com/2020/11/20/a-pandemia-o-dragao-e-o-apocalipse/.
2020. Acesso em 20.11.2024.
PATRÃO. Ana Carolina Simões. Ilustração do
dragão oriental: aspetos funcionais e morfológicos. Lisboa: Trabalho de
Projeto de Mestrado pela Universidade de Lisboa. 2018
QIANXU, Chen. Análise Comparativa da
Figura do Dragão no Imaginário Ocidental e Chinês. Dissertação de mestrado
defendida pela Universidade do Minho Instituto de Letras e Ciências Humanas.
2021.
SMITH. G. Elliot. The evolution of the
dragon. Manchester: the university press.1919.
TZU.
Chuang. Ensinamentos essenciais. Traduzido do chinês e organizado por Sam
Hamill e J. P. Seaton. Tradução: Eduardo Pereira e Ferreira. São Paulo: Editora
Cultrix. 1998.
VISSER, Marinus Willem de. The dragon in
china and japan. Charles William Wason collection china and the chinese.
New York: Garnell University Dibeaxt Sthara. 1918.
WU, Shelly. Chinese Astrology Exploring
the Eastern Zodiac. New Jersey: New Page Books. 2005.
Muito interessante seu texto. Achei excelente a forma como você desenvolve uma abordagem mais ampla, para em seguida concentrar-se na questão chinesa. Fiquei curioso para saber como a figura do dragão é abordada na atualidade, se ainda há algum tipo de culto, ou se sua imagem ainda é usada mesmo que metaforicamente para simbolizar elementos como poder político, desastres naturais, entre outros.
ResponderExcluirRobson Lins Souza Damasio de Oliveira
Oi Robson, obrigada pela pergunta. Sim, os chineses ainda hoje cultuam a figura do dragão na China, sobretudo porque eles representam bons presságios e boas qualidades como sabedoria, coragem, nobreza, riqueza e força. Há vários totens e símbolos dos dragões estampados na China moderna, desde a figura pintada em paredes, monumentos até chaveiros de dragão.
ExcluirRENATA ARY
Renata parabéns, seu texto foi incrível, com uma temática exótica que conecta o mitológico com o real da sociedade humana!!!!!!!
ResponderExcluirQueria que você falasse mais sobre a diferença da cosmo-visão do Ocidente e do Oriente sobre a figura do dragão nas sociedade humana?
É interessante notar que no Ocidente esse animal mitológico é sempre descrito como uma figura selvagem, irracional e indomável. Lembrando muito a relação da humanidade com os grandes predadores da natureza (como leão, tigre, javali, urso...). Já na psique oriental, eles são criaturas sábias, que vagam entre o mundo material e espiritual. Além de guardiões de segredos e saberes antigos (como podemos observar nas culturas indiana, chinesa e mesopotâmica). Partindo desse ponto, podemos dizer que ambas as visões de um mesmo tipo de criatura tem origens distintas ou alguma conexão que foi perdida ou reconstruída a partir das experiências sociais e naturais que as culturas do Ocidente passaram. Assim desenvolvendo uma nova forma de ver a figura do dragão como algo selvagem, em vez de uma criatura sábia?
Oi José, obrigada pela pergunta. Eu acredito que essas diferenças estão relacionadas ao aspecto civilizacional e cultural, em especial o religioso, do Oriente e do Ocidente. Na China a figura do dragão foi influenciada pela mitologia milenar chinesa, que não diferenciava os seres da natureza em bons ou maus, era a sua essência, o aspectos identificador da natureza e da vida que importava. Está relacionado a tradição, tanto que os chineses se autodenominam descendentes do dragão. Já no ocidente, nossa cultura é diferente, fomos influenciados por outros mitos e crenças, em especial, na religião, pela Bíblia católica, que em algumas passagens, retrata o dragão como o símbolo do mal.
ExcluirRENATA ARY
Olá, Renata! Seu trabalho é muito interessante. Me chama a atenção porque é uma imagem muito atual, inclusive para o Ocidente. Desculpe a digressão, mas penso nelas como um símbolo de “contracultura”, presente, por exemplo, em tatuagens e assumindo diferentes estilos em espaços não hegemônicos. Uma coisa me chamou especialmente a atenção em seu texto: esse dragão mais comum em nosso imaginário também é fruto de elementos de outras culturas? Se sim, existem estudos que mapeiem possíveis “trocas” de estilos?
ResponderExcluirKerolayne Correia de Oliveira
Oi Kerolayne, obrigada pela pergunta. Acredito que sim, a figura do dragão, ao longo dos séculos, foi se transformando. E sim, há estudos que nos apresentam algumas mudanças dessa figura mitológica, em diversos ramos culturais, desde a religião até a arte. Penso que, no aspecto cultural somos uma colcha de retalhos, pois cada imigrante que chegou no Brasil, trouxe consigo suas experiências e sua bagagem cultural, sobretudo quanto a figura do dragão em seu imaginário. Assim, a figura foi sendo desenhada em diversos formatos e "estilos" até chegar na que hoje conhecemos e que também não apresenta contornos uniformes.
ExcluirRENATA ARY
Olá, Renata! Concordo com você! Muito obrigada pela resposta. E parabéns pelo trabalho!
ExcluirKerolayne Correia de Oliveira
Seu trabalho é muito interessante! Parabéns! A figura do dragão é extremamente curiosa e pode ser encontrada em outros países do Oriente. Salvo engano, na Tailândia há um enorme templo budista com um dragão ao seu redor, na Malásia temos cânticos e danças religiosas em que a figura do Dragão também aparece. Existe mais elementos que vinculem com maior força a figura do dragão à religião na cultura chinesa (ou na região) também, para além dos signos e do tarô chinês, por exemplo?
ResponderExcluirLuiz Henrique Santana Depollo
Oi Luiz, obrigada pela pergunta. Sim, a cultura da China está intimamente ligada à figura do Dragão. Para além dos signos e do tarô, tem-se vários momentos culturais chineses em que figura do Dragão é retratada, como por exemplo, o festival do Barco do Dragão (super popular em Hong Kong); os festivais das lanternas, em que o povo faz a dança do dragão (datada da dinastia Han) e no Taoísmo, eles consideram o Rei Dragão como uma divindade.
ExcluirRENATA ARY
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue texto maravilhoso! Achei de uma maestria a forma como você aborda a questão do dragão e fecha na sua representatividade na China. Minha pergunta é: na China o dragão ainda é considerado um bom presságio, vendo que no ano novo lunar sempre tem a representatividade dele nas festas. Você mencionou que na Índia também tinha a figura originária do dragão, e eu queria saber se lá o dragão tem alguma representatividade, ou se a figura do dragão hoje é mais ligado com a China, Coreia e Japão.
ResponderExcluirSuelen Bonete de Carvalho
Oi Suelen, obrigada pela pergunta. Sim, na Índia a figura do dragão tem representatividade. A título de exemplo, no hinduísmo e no budismo, duas das grandes religiões da Índia, a figura do dragão é destacada.
ResponderExcluirRENATA ARY