INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL E A NOVA CORRIDA TECNOLÓGICA: A Competição Geopolítica Entre China,
Japão e Coreia Do Sul
A
inteligência artificial (IA) tem se consolidado como um dos principais fatores
de inovação tecnológica e competitividade entre países no cenário global. No
Extremo Oriente a China, o Japão e a Coreia do Sul têm investido
consideravelmente nesse campo para impulsionar suas economias, reforçar suas
capacidades de defesa e melhorar sua infraestrutura. [Zeng, 2019]
A
competição entre esses três países pelo domínio da IA reflete uma nova dinâmica
geopolítica, onde não apenas a inovação tecnológica é discutida, mas também
questões relacionadas à segurança, poder e influência internacional. [Zeng,
2019; Yamamoto, 2020]
A
China, com sua abordagem orientada para resultados e de larga escala,
estabeleceu metas ambiciosas de IA até 2030, o país busca liderar o mundo nesse
campo, por meio de investindo em pesquisa, desenvolvimento e aplicações de IA
em setores estratégicos como defesa, comércio, saúde e mobilidade, em 2017 o
país lançou um plano estratégico intitulado, Estratégia Nacional de
Inteligência Artificial, que pode ser usado como um exemplo claro desse
esforço. Esse movimento coloca a China na vanguarda da IA global, desafiando
outros grandes países como Estados Unidos e União Europeia. [Li & Liu,
2020]
O
Japão, historicamente reconhecido por sua liderança em robótica e tecnologias
de automação, se encontra atualmente em busca de integrar a IA na resolução de
seus problemas internos, como a questão do envelhecimento da população e a
escassez de mão de obra, ao mesmo tempo em que visa se manter em posição de
destaque no desenvolvimento de IA aplicada, especialmente nas áreas
relacionadas à saúde, segurança e eficiência energética. [Furuya, 2020;
Yamamoto, 2017]
A
Coreia do Sul possui tradição em inovação e forte presença no setor de
tecnologia, ela também tem investido de maneira significativa em IA, o país é
conhecido por suas gigantes da tecnologia, como a Samsung e a LG, que têm
liderado o desenvolvimento de robótica, Internet das Coisas (IoT) e sistemas de
inteligência artificial avançada já há alguns anos. [Lee & Park, 2018]
A
Coreia do Sul procura consolidar sua posição como um hub global de tecnologia,
enquanto enfrenta o desafio de manter a competitividade em um ambiente
altamente dinâmico e intensamente competitivo. [Lee & Park, 2018]
A Ascensão da Inteligência Artificial na Ásia: Inovações
e Estratégias Tecnológicas
A
ascensão da inteligência artificial (IA) na Ásia tem sido um fator determinante
na mudança da dinâmica tecnológica e econômica da região, com o rápido avanço
da digitalização e a crescente demanda por soluções tecnológicas inovadoras, os
países asiáticos, particularmente China, Japão e Coreia do Sul, estão na linha
de frente da revolução da IA, cada um desses países tem adotado estratégias
específicas para aproveitar o potencial dessa tecnologia, com investimentos significativos
e a implementação de políticas públicas focadas em transformar a IA em um motor
de crescimento, inovação e competitividade internacional. [Yuan, 2020]
A China
tem se posicionado de forma assertiva como líder global no desenvolvimento de
IA, em 2017, o governo chinês lançou o Plano
Nacional de Inteligência Artificial (PNIA), com a ambiciosa meta de
tornar o país o líder mundial em IA até 2030 [Yuan, 2020].
A China
reconhece a IA como uma ferramenta estratégica para impulsionar sua economia e
seu poder geopolítico, investindo pesadamente na pesquisa e no desenvolvimento
de tecnologias que abrangem desde o reconhecimento facial até a automação
industrial e os carros autônomos, o governo chinês tem incentivado a criação de
hubs de inovação, como o Zhongguancun
em Pequim, e fornecido subsídios para empresas de tecnologia, como Baidu, Alibaba e Tencent,
as quais desempenham papéis fundamentais no avanço da IA. [Li, 2019]
A IA não
é apenas uma questão de desenvolvimento tecnológico para a China, mas também
está profundamente ligada a questões de segurança nacional e defesa, o governo
chinês tem integrado a IA ao setor de defesa, visando a criação de sistemas
autônomos e a implementação de tecnologias de vigilância em massa, isso tem
gerado preocupações no Ocidente sobre o uso de IA para fins de controle social,
uma vez que a China está expandindo seus sistemas de monitoramento digital
através de câmeras de vigilância e sistemas de reconhecimento facial. [Yuan,
2020]
Ao mesmo
tempo, a IA tem sido vista como uma ferramenta para melhorar a eficiência do
setor público e a administração de grandes populações, como no caso da
implementação de IA no transporte público e na gestão de cidades inteligentes.
[Li, 2019]
O Japão
tem procurado utilizar a IA como meio de enfrentamento para seus desafios
demográficos, entre os principais estão a questão de se ter uma das populações
mais envelhecidas do mundo e a escassez crescente de força de trabalho, para
isso o país tem investido em robôs assistentes, IA para cuidados com idosos e
automação de fábricas, com o objetivo de preencher a lacuna criada pela falta
de mão de obra. [Sakamoto & Nishikawa, 2019]
As
iniciativas do Japão buscam também melhorar a qualidade de vida de seus
cidadãos mais velhos, com o desenvolvimento de tecnologias que ajudam no
monitoramento de saúde, como robôs médicos e sistemas de IA para diagnóstico
precoce de doenças, o governo japonês tem trabalhado em estreita colaboração
com universidades e grandes corporações, como Sony e SoftBank,
para desenvolver soluções tecnológicas para a saúde, a educação e a segurança.
[Sakamoto & Nishikawa, 2019]
A
política nacional de IA do Japão, estabelecida pelo Plano de Inteligência Artificial de 2019, propõe uma abordagem
focada em melhorar a produtividade e a competitividade industrial,
particularmente nas áreas de automação e robótica. [Yamamoto, 2020]
O Japão
tem feito parcerias com outras nações para a troca de conhecimento e a criação
de um ecossistema global de inovação em IA. No entanto, o país enfrenta
obstáculos relacionados à adoção de IA em larga escala, especialmente no que
diz respeito à resistência cultural à substituição do trabalho humano por
robôs, um desafio significativo quando se considera a natureza tradicional da
sociedade japonesa. [Yamamoto, 2020]
A Coreia
do Sul tem se destacado por sua liderança em robótica e tecnologia aplicada,
com um foco substancial na indústria
inteligente e na automação de
processos industriais, empresas como Samsung, LG e Hyundai são exemplos de conglomerados
sul-coreanos que têm investido em IA para otimizar suas operações e criar
produtos inovadores, o país reconhecendo o impacto potencial da IA no setor
industrial, tem trabalhado para integrar a tecnologia a setores-chave, como a
automação de fábricas, veículos autônomos e dispositivos de consumo
inteligente. [Park, 2021]
As
inovações sul-coreanas são especialmente evidentes no campo dos dispositivos
conectados, como os eletrodomésticos inteligentes e as soluções de IA aplicadas
à saúde, que buscam melhorar a eficiência e a qualidade de vida dos cidadãos.
[Park, 2021]
O governo
sul-coreano, através do Plano de
Desenvolvimento de Tecnologia de Informação Inteligente de 2020, tem
apoiado fortemente o uso de IA para alavancar a indústria 4.0, promovendo a automação de processos de produção e a
utilização de dados em tempo real para melhorar a produtividade, além disso, a
Coreia do Sul tem buscado estabelecer sua presença no cenário global de IA por
meio da colaboração com outros países e do desenvolvimento de novas tecnologias
que integrem IA em aspectos da vida cotidiana,
um exemplo é o uso de IA no transporte público e na segurança, com
cidades sul-coreanas como Seul implementando sistemas inteligentes para
otimizar a mobilidade urbana e melhorar a resposta a emergências. [Lee, 2021]
A
ascensão da IA nesses países vai além da busca por inovação tecnológica, ela
busca encontrar adaptações estratégicas para suas necessidades específicas, a
China foca em sua ambição global de liderança em IA, trazendo consigo um forte
vínculo entre tecnologia e segurança, o Japão se preocupa em adaptar a IA para
enfrentar seus desafios demográficos e melhorar a qualidade de vida de seus
cidadãos, já a Coreia do Sul se destaca na integração de IA em suas indústrias,
buscando não só melhorar a produtividade, mas também estabelecer-se como um
centro global de inovação tecnológica, todos esses esforços convergem para a
criação de um ecossistema digital avançado, com implicações profundas para a
economia global e para as relações internacionais.
Geopolítica
da Inteligência Artificial: Implicações Econômicas e de Segurança
A
inteligência artificial (IA) não é apenas uma questão de desenvolvimento
tecnológico, mas também uma arena estratégica em que as principais potências
globais, como China, Japão e Coreia do Sul, competem ferozmente para garantir
uma posição dominante, essa competição reflete não apenas na corrida por
inovações tecnológicas, mas também em um campo decisivo em termos de segurança
e influência econômica no cenário global, ao examinar as implicações econômicas
e de segurança se torna evidente o quanto a geopolítica da IA está reformulando
as relações internacionais, alterando o equilíbrio de poder e criando novas
dinâmicas no comércio global. [Yuan, 2020]
A
competição por liderança na IA entre a China, o Japão e a Coreia do Sul reflete
a crescente importância dessa tecnologia para o poder geopolítico e econômico,
a China, como líder emergente em IA, adota uma abordagem agressiva para dominar
as tecnologias emergentes e investir em áreas estratégicas como o setor de
defesa e a segurança interna, através de políticas como o Plano Nacional de Inteligência Artificial,
o governo chinês planeja fazer do país o líder mundial em IA até 2030, o que
lhe permitiria não apenas ultrapassar as potências ocidentais, mas também
consolidar sua influência global, para tanto, o país tem investido bilhões em
pesquisa e desenvolvimento, formando parcerias com empresas privadas como Baidu, Alibaba e Tencent,
e criando políticas que incentivam a inovação em IA, com um foco particular em
áreas como reconhecimento facial, veículos autônomos e drones. [Li, 2019]
Em
contraste, o Japão e a Coreia do Sul têm procurado integrar a IA como uma
ferramenta para solucionar desafios internos, mas também para manter a
competitividade global, o Japão, com uma população envelhecida e uma força de
trabalho em declínio, utiliza a IA para otimizar a automação e os cuidados com
os idosos, enquanto a Coreia do Sul, com sua forte base industrial e uma das
maiores concentrações de tecnologia, foca principalmente em robótica avançada e
IA aplicada à manufatura, ambos os países têm investido pesadamente em IA, mas
de maneira mais voltada para melhorar suas economias internas e enfrentar desafios
demográficos. [Li, 2019]
No
entanto, enquanto a China investe em IA para impulsionar sua liderança global e
aumentar sua presença em áreas como segurança e vigilância, o Japão e a Coreia
do Sul concentram-se mais em inovações que beneficiem suas sociedades e
economias de maneira mais direta, isso gera tensões regionais, com a China
buscando expandir sua influência através de iniciativas como o Cinturão e Rota ou como mais popularmente
chamada, Nova Rota da Seda, enquanto o Japão e a Coreia do Sul reagem
fortalecendo suas próprias capacidades tecnológicas e buscando parcerias com
outras potências, como os Estados Unidos e a União Europeia, para equilibrar o
poder emergente da China. [Zeng, 2020]
As
implicações de segurança da IA são vastas e multifacetadas, afetando áreas como
defesa, vigilância e cibersegurança, na China, a IA tem sido aplicada em uma
série de sistemas de segurança, desde o monitoramento de grandes populações até
o fortalecimento de sua capacidade militar, o uso de tecnologias de IA, como
drones autônomos e sistemas de reconhecimento facial, tem gerado preocupações
sobre a privacidade e os direitos humanos, com muitos observadores apontando
que a China está criando uma rede de vigilância em massa sem precedentes. [Li,
2019]
O governo
chinês, por exemplo, utiliza IA para monitorar suas fronteiras, rastrear
dissidentes e implementar políticas de controle social, com o sistema Skynet , sendo este um exemplo
emblemático de uma rede de câmeras de vigilância alimentadas por IA para
detectar comportamentos suspeitos. [Zeng, 2020]
Esses
desenvolvimentos também têm implicações para a segurança cibernética, uma área
onde a IA pode ser usada tanto como uma ferramenta de defesa quanto de ataque,
a China tem investido pesadamente em IA para proteger suas redes e
infraestruturas críticas de ataques cibernéticos, ao mesmo tempo em que também
desenvolve capacidades ofensivas, como ataques de phishing e malware,
a Coreia do Sul, por sua vez, está particularmente preocupada com as ameaças
cibernéticas provenientes da Coreia do
Norte, um regime que tem utilizado ciberataques como parte de sua
estratégia de segurança, e que vem integrando IA em suas operações
cibernéticas, o Japão, com uma infraestrutura altamente digitalizada, também
tem se concentrado em melhorar sua segurança cibernética, com investimentos em
IA para detectar e neutralizar ameaças em tempo real. [Yamamoto, 2020]
A
concorrência entre esses países na área de IA também reflete a corrida para
dominar os mercados de defesa, com empresas da China, Japão e Coreia do Sul
competindo para desenvolver sistemas de defesa baseados em IA, como drones
militares, sistemas de vigilância automatizados e armamentos autônomos, isso
gera preocupações tanto para os países da região quanto para potências globais,
como os Estados Unidos, que veem a crescente militarização da IA como um fator
de risco no equilíbrio de poder regional. [Yamamoto, 2020]
A IA tem
o potencial de mudar o cenário da segurança internacional, criando novas
dinâmicas de poder e rivalidades, enquanto as preocupações com seu uso em áreas
com drones armados e robôs militares tornam-se uma questão central no debate
sobre a ética e a regulamentação dessas tecnologias. [Yuan, 2020]
A corrida
por liderança em IA está tendo implicações econômicas de longo alcance,
alterando os centros de poder econômico global, a IA tem o potencial de
remodelar as cadeias de valor e os fluxos de comércio, ao possibilitar o
aumento da produtividade, a redução de custos e a criação de novos modelos de
negócios, a China, por exemplo, está usando a IA para impulsionar sua indústria
4.0, aumentando a automação nas fábricas e mudando as dinâmicas de produção,
com isso, o país está se tornando não apenas um centro global de manufatura,
mas também um polo de inovação tecnológica, com a IA sendo um dos motores de
sua economia digital. [Furuya, 2020]
A IA
também está alterando a forma como os investimentos estrangeiros são
direcionados, com as empresas investindo em setores de alta tecnologia, além
disso, o crescente domínio da IA nas economias da Ásia pode resultar em
mudanças no comércio internacional, à medida que essas potências buscam
exportar suas inovações tecnológicas para o mercado global, no entanto, isso
também pode gerar desafios, pois o controle da IA e suas aplicações pode
resultar em disputas comerciais e tensões geopolíticas, especialmente entre a
China e os Estados Unidos. [Lee, 2018]
As
barreiras comerciais, como as tarifas impostas pelos EUA a produtos de
tecnologia chinesa, podem dificultar a troca de inovações em IA e criar um
cenário de guerra tecnológica, o controle de dados também se torna uma questão
crítica, já que a coleta e o processamento de grandes volumes de dados são
fundamentais para o treinamento de algoritmos de inteligência artificial, levantando
questões sobre privacidade, governança de dados e soberania digital. [Zeng,
2020]
O impacto
econômico da IA vai além das fronteiras da Ásia, afetando diretamente os
mercados globais e o futuro do comércio internacional, os países asiáticos não apenas
dominam o desenvolvimento tecnológico, mas também redefinem as regras da
economia digital, moldando o futuro das indústrias e o comércio global de
maneira profunda. [Lee, 2021]
A
geopolítica da inteligência artificial está reformulando o cenário das relações
internacionais, com China, Japão e Coreia do Sul competindo pela liderança em
tecnologias emergentes e suas implicações econômicas e de segurança, a IA não é
apenas uma questão de inovação tecnológica, mas uma arena estratégica de
rivalidade, com profundas implicações para a segurança regional, a economia
global e as dinâmicas de poder internacional, seu impacto transcende as
fronteiras da Ásia, afetando o comércio, as relações bilaterais e o equilíbrio
de poder, e desafia os países a navegar por um futuro digital, onde as
tecnologias emergentes terão um papel central na definição da ordem mundial.
Referências
Fabiana
Fernandes Firmo é graduada em Administração e Pós Graduada em Direito
Administrativo e Administração Pública, atualmente desenvolve pesquisas
independentes na área de Relações Internacionais.
Furuya,
K. “Artificial Intelligence and Japan: Prospects and Challenges for Japan's AI
Policy.” Asian Journal of Comparative
Politics, 16(2), 2020, p. 1-10.
Lee, D.
“AI in South Korea: Applications in Education and Healthcare.” Korean Journal of AI Research, 6(3),
2021, p. 114-130.
Lee, J.,
& Park, M. “AI and South Korea: From Smart Manufacturing to Social
Services.” Korean Journal of
International Studies, 18(4), 2018, p. 547-574.
Li, J. “China’s
AI Strategy: National Policies and Global Implications.” Chinese Journal of International Affairs, 5(2),
2019, p. 89-102.
Li, Y.,
& Liu, C. “Artificial Intelligence in China: Policy, Practice, and Global
Influence.” Journal of East Asian
Studies, 20(3), 2020, p. 223-245.
Park, H.
“Artificial Intelligence in South Korea: Strategic Integration in High-Tech
Industries.” South Korean Journal of
AI and Innovation, 10(4), 2021, p. 50-64.
Sakamoto,
K., & Nishikawa, M. “AI and Robotics in Japan: A Blueprint for Elderly Care
and Industrial Automation.” International
Journal of Robotics and AI, 15(2), 2019, p. 123-145.
Yamamoto,
S. “Artificial Intelligence and Japan's AI Strategy.” The Asia-Pacific Review, 24(1), 2017, p. 56-74.
Yamamoto,
T. “Japan's AI Development Plan: Innovation and Automation in Key Industries.” Journal of Robotics and AI Policy, 18(4),
2020, p. 312-328.
Yuan, L.
“Artificial Intelligence in China: Innovations, Challenges and Future
Perspectives.” Journal of Chinese
Technology and Innovation, 7(3), 2020, p. 220-235.
Zeng, H.
“Artificial Intelligence and Geopolitics in East Asia.” Journal of Asian Studies, 19(2), 2019, p. 45-63.
Zeng, H.
“China’s Surveillance State: The Role of AI in National Security.” Journal of Technology and Security, 8(1),
2020, p. 33-47.
Olá Fabiana Fernandes tudo bem!
ResponderExcluirMuito obrigada por nos ajudar com relevante produção.
Eu sou Maria Josilda Ferreira da Silva e, trabalho com estudantes de inclusão na escola Básica da rede Pública.
De fato, a inteligência artificial tem estado presente em nosso cotidiano. Principalmente, nos jogos, no computador, nos aplicativos de segurança informacionais, nos robôs auxiliares em fábricas e muito mais. Mas é visível que mesmo a (IA) e a (IOT) tendo se destacado na China, no Japão, na Coreia e no mundo, elas também vem provocando alguns destaques negativos na vida da humanidade como por exemplo: dependência digital, disseminação de informações falsas e ameaças de privacidade dos indivíduos. Diante disso, como podemos agir com os nossos estudantes nas escolas, uma vez que a tecnologia artificial tem se tornado crescente?
Um grande e fraterno abraço,
Maria Josilda Ferreira da Silva
Olá Maria Josilda Ferreira da Silva, diante da crescente influência da inteligência artificial (IA) e da Internet das Coisas (IoT), é essencial preparar os estudantes para usar essas tecnologias de forma crítica e ética. Nas escolas, é possível trabalhar a educação digital, ensinando os alunos a identificar fontes confiáveis, proteger sua privacidade online e equilibrar o uso da tecnologia com outras atividades, além disso, ferramentas de IA podem ser integradas ao contexto inclusivo, auxiliando no aprendizado de estudantes com necessidades especiais. Promover debates sobre os limites éticos e os impactos emocionais do uso dessas tecnologias ajuda a formar cidadãos conscientes, capazes de lidar com os desafios do mundo digital.
ExcluirUm grande abraço!!
Fabiana Fernandes Firmo
Gratidão pelo retorno!
ExcluirMaria Josilda Ferreira da
Parabéns pelo texto, muito interessante e bem desenvolvido!
ResponderExcluirVocê acredita que essa corrida tecnológica pode intensificar a dependência de outros países em relação às tecnologias desenvolvidas por essas nações?
Olá, Vanusa! Muito obrigado pelo elogio ao texto; é gratificante saber que você o considerou interessante e bem desenvolvido. 😊
ExcluirRespondendo à sua pergunta: sim, acredito que essa corrida tecnológica tem um grande potencial para intensificar a dependência de outros países em relação às tecnologias desenvolvidas por nações como China, Japão e Coreia do Sul. Essas potências tecnológicas têm investido pesadamente em áreas estratégicas como inteligência artificial, semicondutores e infraestrutura digital, o que lhes permite dominar cadeias produtivas essenciais.
Na prática, países com menos capacidade de inovação acabam por se tornar consumidores e integradores dessas tecnologias, reforçando sua dependência de fornecedores estrangeiros. Isso é especialmente crítico em setores como telecomunicações e segurança cibernética, onde a falta de autonomia tecnológica pode criar vulnerabilidades econômicas e políticas.
Por outro lado, essa dependência pode ser mitigada por esforços de regionalização e parcerias estratégicas, como o estímulo ao desenvolvimento local ou colaborações tecnológicas mais equilibradas. Assim, o papel da política internacional e da regulamentação será crucial para evitar que essa dependência se transforme em um monopólio tecnológico por parte dessas nações.
Fabiana Fernandes Firmo
Olá, Fabiana! Tudo bem? A China conseguiu fazer um excelente uso de IA durante a pandemia de Covid para monitorar as pessoas e ajudar no controle da transmissão da doença, mostrando para o mundo grande domínio nessa área. Quão desequilibrada pode ser essa disputa entre as três nações citadas por você, caso a Coreia do Sul e o Japão não consigam apoio de outras potências?
ResponderExcluirFlavio de Souza.
Olá, Flávio! Muito interessante sua colocação sobre o uso da IA pela China durante a pandemia, que de fato demonstrou sua capacidade tecnológica e organizacional. A disputa entre as três nações mencionadas – China, Coreia do Sul e Japão – pode, sim, apresentar um desequilíbrio significativo, especialmente se a Coreia do Sul e o Japão não conseguirem formar alianças estratégicas com outras potências.
ExcluirA China tem uma vantagem substancial devido ao tamanho do seu mercado interno, investimentos massivos em pesquisa e desenvolvimento de IA, e uma abordagem menos restritiva em relação à coleta e uso de dados. Isso permite que ela avance rapidamente em áreas como vigilância, logística e saúde. Por outro lado, Coreia do Sul e Japão, embora altamente inovadores, enfrentam limitações de escala e de recursos. Ambos países dependem de parcerias internacionais para manter sua competitividade tecnológica.
Sem apoio de potências como os Estados Unidos ou da União Europeia, a capacidade de competir com a China seria limitada. Parcerias estratégicas poderiam garantir acesso a mercados maiores, tecnologias complementares e, possivelmente, contrabalançar a influência econômica e geopolítica crescente da China na região. A questão do apoio não é apenas sobre equilíbrio tecnológico, mas também sobre a construção de um cenário geopolítico que permita o fortalecimento de blocos cooperativos frente ao avanço chinês.
Fabiana Fernandes Firmo