EPÍSTOLAS DE PLINIO O
JOVEM A TRAJANO: RECEPÇÃO DO (S) MOVIMENTO(S) DO(S) CRISTIANISMO (S) NO IMPÉRIO
ROMANO NOS SÉCULOS I E II.
Introdução.
O contexto religioso cristão apresenta uma ideia de que se tem como verdade absoluta, o que está contido nos 4 textos evangélicos canônicos sobre Jesus Cristo, e que tais textos são dotados de uma verdade absoluta. De imediato que para além da Teologia, o cristianismo tem outras vertentes de pesquisa em que a Historiografia apresenta novos olhares do conhecimento científico sobre o Cristianismo e seus movimentos.
O Jesus histórico ou os movimentos de Jesus são apresentados e analisados através de diversas outras fontes e textos que na qual circulavam a bacia mediterrânea durante os séculos I e II. Sendo assim as diversas possibilidades de entendimento desses textos nos faz refletir sobre as origens dos movimentos ditos cristãos que se originaram através de outros movimentos judaicos nesses períodos.
Outra questão analisada é referente ao contexto do império Romano neste período e na bacia mediterrânea, em que este poderoso império influenciava e ditava as regras sobre os povos que subjugava, em outras palavras, não tem como entender os movimentos de Jesus Histórico sem entender a dinâmica do império romano. Nesse aspecto as fontes que analisamos as epístolas de Plinio o Jovem em conversação com Trajano nos séculos I e II, nos faz entender essa dinâmica da visão do império romano na aplicação de regras e de como tratavam a questão desse cristianismo primitivo.
Notadamente essas epístolas recolocam o Movimento de Jesus Histórico dentro daquele contexto social econômico e político com a base firmada sobre Roma e seu poderio. A visão dos movimentos cristãos diante as cartas de Plinio, apresentam novos horizontes muito além da bíblia, que são fundamentais para nossa proposta de análise que é o quanto esse movimento de Jesus Histórico sem Jesus esteve sobre o controle da águia romana nos séculos I E II D.C.
1.Contextualização.
Primeiramente
os movimentos Cristãos tem uma característica puramente de “movimentos intra-judaícos”,
que nasceram como uma nova forma de Judaísmo que naquele período ocorriam
vários outros movimentos que aconteciam naquele período. Mesmo porque essa
personagem Jesus afirmamos que historicamente nunca foi cristão, nasceu judeu,
viveu como Judeu e morreu como Judeu. Neste contexto [Chevitarese,2006] faz sua
análise do contexto cristão- judaico.
“As
palavras cristão e cristianismo são entendidas como uma seita dentro do
judaísmo. Somente após a destruição do templo de Jerusalém conforme observou [Crossan
2004-38-39] teríamos a presença de duas tradições judaicas o cristianismo
primitivo é o judaísmo rabínico”. [Chevitarese, 2006]
Em
outras palavras a tradição cristã no século I e II sendo um movimento
originário da vertente judaica não era singular, mas plural com seus costumes e
práticas diversificadas. [Chevitarese, 2022]. Além dessas tradições somava-se a
tradição helênica e doravante a romana que com a expansão do império desde o
século I antes de cristo nos faz refletir sobre a pluralidade das culturas e
religiosidades em torno da bacia Mediterrânea.
Já referindo-se ao império romano sua
abrangência geografia se estendia da Síria á Germânia, e da África [Egito], até
a Bretanha (hoje Inglaterra), vastidão de um império que se consolidava desde
Século I A.C. Neste contexto esse império apresentava várias dinâmicas
socioculturais, políticas e econômicas, gerando assim uma consolidada forma
burocrática de administração de suas províncias. Desde o exército com suas
legiões, até a cobrança de impostos, e o controle social e as práticas políticas
e religiosas, faziam parte de uma rede extensa rede administrativa das
províncias romanas, tendo como controle total a figura do Imperador. [BALSDON,
1968]
O
cristianismo ou os movimentos do Jesus histórico com ou sem Jesus, estão inseridos
neste Mundo Romano, sendo assim, sem analisarmos o Império Romano, não
conheceremos o cristianismo e suas fundações. Logo a análise do choque cultural
entre os cristãos e o poder romano institucionalizado nas suas províncias
mediterrâneas são descritas nos textos evangélicos, no período do movimento de
Jesus com Jesus a exemplo em [LUCAS capítulo 7]
2
“E o servo de um certo centurião, a quem muito estimava, estava doente, e
moribundo.
3 E, quando ouviu falar de Jesus, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe
que viesse curar o seu servo.
4
E, chegando eles junto de Jesus, rogaram-lhe muito, dizendo: É digno de que lhe
concedas isto,
5
Porque ama a nossa nação, e ele mesmo nos edificou a sinagoga.
6
E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou-lhe o
centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes, porque não sou
digno de que entres debaixo do meu telhado.
7 E por isso nem ainda me julguei digno de ir
ter contigo; dize, porém, uma palavra, e o meu criado sarará.
8 Porque também eu sou homem sujeito à
autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: Vai, e ele vai; e
a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz”. (Lucas, CAP7,
1a 8, p.1064).
Nota-se
que as lideranças romanas mantinham em detrimento do imperador, o controle político
e social sobre as comunidades das províncias. [CHEVITARESE 2024]. O poder da
águia romana sobrepujava os demais movimentos que se opusessem ao imperador de
Roma, e aos representantes das províncias e as lideranças militarizadas.
Do
ponto de vista econômico e social, (Chevitarese, 2024) analisa que as regiões
do Oriente do império, romano como Síria, Egito são extremamente importantes de
um ponto de vista econômico, pois são rotas comerciais que ligam regiões
importantes da Ásia como a Rota da Seda-(Síria). Neste contexto a Região da Bitinia Ponto
(Turquia) administrada por Plinio uma das regiões mais ricas do império Romano,
que com diversidades comerciais que por si só circulavam as múltiplas culturas
nestes espaços, que na qual se apresentavam formas de governabilidade e
controle dessas províncias.
Para [CROSSAN, 2017] as diversas metodologias
de pesquisas historiográficas quando adequadas dentro da documentação de matriz
(romana) e judaica, contribuem para o entendimento histórico das diversidades
culturais e políticas entre tais culturas, nesse movimento de Jesus sem Jesus.
Alexamenos
e seu deus-Grafite do século II ou III. Primeira representação romana sobre
Jesus Crucificado. Fonte Livro Cristianismo no Império Romano.
Entre
essas documentações estão as epístolas de Plinio o Jovem que nos mostra a
recepção referente ao movimento de Jesus Histórico sem Jesus na província da Bitinia,
e de como se aplicavam controles e Julgamentos sobre os Cristãos, com uma legislação
Romana jamais antes sido aplicada. Notadamente as análises dessas documentações
como essas epístolas, nos revela historicamente que não se deve levar em conta
apenas os quatro evangelhos para se analisar o Cristianismo desse período,
assim é correto afirmar que só a bíblia não nos basta.
2 -Plinio o Jovem...
No que se diz respeito a essa personagem Plinio o Jovem, ou Caio Plínio Cecílio Segundo, nasceu na Galia Transpadana, em meados do Governo de Nero em finais do Século I.[AMAYA, 2021]. Era um cidadão romano que não tinha grande prestígio econômico, sua família não pertencia à antiga nobilitas romana, mas vários dos membros familiares ocuparam cargos de destaque na ordem senatorial. [STADLER, 2018]. Mas sua trajetória de vida proporcionou voos altos dentro da sociedade hierarquizada romana, sendo ele filho adotivo de Plinio o Velho, sua família apesar de não pertencer a Nobllitas Romana (união entre patrícios e plebeus ricos) a mesma tinha grande prestígio político e social, que fez que Plinio desenvolver seus potenciais administrativos e jurídicos.
Dono de uma retórica admirável se tornou
advogado com a idade de 18 anos e doravante consegue a ascensão política, tendo
vários cargos de ordem administrativa em Roma, mas em meados dos anos 90, foi
nomeado pretor [STADLER, 2018]. Neste período era imperador Trajano desde ano
de 98 até ao ano de 117-dc, e neste contexto Plinio assume como o governo da
Província de Ponto e Bitinia.
Tal
província tinha como contexto de modelo de governança senatorial sendo nomeado
um cônsul, mas devido a problemas ocasionados nesta região, se teve a
necessidade de nomear um governador para esta província sendo Plinio o
escolhido para assumir o cargo. [AMAYA, 2021].
A
dinâmica do governo de Plinio desenvolveu na província apresenta não apenas um
modelo de gestão sobre questões administrativas Romanas, mas os diálogos com
Trajano revelam as mais variadas questões jurídicas principalmente com relação
aos cristãos, como analisado aqui.
Província
Bitinia e Ponto na Extensão do império romano-Seculo II
“As
ações e os assuntos tratados nas cartas ganham relevância no momento em que o
centro do principado – Roma – necessitava de informações de suas diversas
províncias. Saber quais políticas deveriam ser implementadas; se existia a
necessidade de enviar reforços militares; se uma nova “supersticio” deveria ser
vista com preocupação e tantas outras questões, apontam para a forte
contribuição que as cartas de Plínio, o Jovem, trouxeram para o entendimento
desse tipo de diálogo. [STADLER, 2018, p.10]”
Nesta
lógica a documentação das Cartas de Plinio a Trajano apresentam a ponto
inicial, ou assim dizendo, uma recepção do Império Romano, referente ao
Cristãos. O Século II com Plinio na Bitinia podemos afirmar que são as
primeiras evidências de como o Império Romano tratou juridicamente a questão
cristã, dentro do movimento assim chamado “movimento de Jesus sem Jesus”.
3- Roma e a questão
Cristã -Recepções.
Desde
o século I, dentro do chamado movimento de Jesus sem Jesus penetrava dentro da
bacia Mediterrânea e nas províncias Romana e em cidades importantes de Roma,
como cita as primeiras cartas de Paulo. Neste contexto analisamos sobre as Cartas de Plínio a Trajano, duas Perspectivas
principais sobre recepções do império Romano aos cristãos, entre os séculos I e
II. Primeiramente sobre a perspectiva Da figura do Imperador e as divindades romanas
e a segunda sobre o Contexto
administrativo e Jurídico dos Romanos frente aos cristãos.
Sobre
a perspectiva figura do Imperador e as divindades romanas, historicamente antes
do Século II, antes do governo de Trajano e do governo de Plinio, Roma convivia
com experiências dos movimentos Cristãos e “intra-judáicos”. Destaco aqui a
questão de Nero (54-68), em que no final de 62 e início de 63 ocorreu o incêndio de Roma, e os Cristãos levaram a
culpa pelo incidente. Segundo [Chevitarese ,2006], Nero tentou afastar os
rumores que ele mesmo teria feito o incêndio que arrasou a cidade, tentou
criminalizar os cristãos, com intuito de desprezar o culto a Cristo e que os cristãos
odiavam as divindades romanas. Assim com Nero os cristãos recebem rótulo de superstitio, uma tradição separada do
contexto judaico. [Soares, 2023].
Apesar
de o termo cristão ter sido abordada no Século I por Nero, foi no século II que
os Cristãos são observados pelo Império Romano, com Plínio sendo o Primeiro a
analisar e questionar os Cristãos na sua Província. Destacamos desde a primeira
carta de Plinio o Jovem o elemento da “figura
do imperador e as divindades”, a primeira questão da recepção romana aos
cristãos. A figura do imperador era
soberana e que o cristianismo não era bem aceito, o Imperador era absoluto,
como a “urbis roma”, ou a casa santa de
Roma e casa santa imperactor (casa santa do imperador). Em outras palavras
o Imperador era visto como soberano, em oposição ao Deus Judaíco.
Assim
desde a primeira carta Plínio destaca o agradecimento a Trajano pelo cargo, mas também a importância do Imperador,
destacada na primeira carta de Plinio quando era senador ao Imperador Trajano.
Carta
1 - Plínio ao imperador Trajano-Tradução.
“[1]
Tua devoção enquanto filho, venerável imperador, ansiava que a sucessão a teu
pai fosse o mais tarde possível, mas os deuses imortais mostraram pouca
paciência colocando as tuas virtudes à frente do comando da comunidade,
responsabilidade que desde há algum tempo já havias assumido5. [2] Assim, faço
votos para que os deuses concedam tanto a ti como, por tua mediação, ao gênero
humano, uma completa prosperidade, isto é, digno de teu tempo. Como cidadão e
como senador desejo, honorável imperador, que tenhas saúde e seja feliz”. (STADLER
2018. p 12) No contexto Romano a Política estava
muito relacionado com a religião e que o culto a divindades eram práticas que
mantinham a ordem social e a manutenção do poder do Imperador, como exemplo
tomamos nota da epístola 35, de Plínio ao imperador Trajano.
Carta
35 - Plínio ao imperador Trajano- Tradução
“Meu
senhor, por ocasião do novo ano, fizemos os votos tradicionais aos deuses e
dedicamos as oferendas para a tua prosperidade e, assim, para a prosperidade da
comunidade, suplicando-lhes que nossos votos continuem cumprindo-se ano após
ano e que ano após ano sigamos colocando o selo a novos votos.” [STADLER, 2018, p.37]
As
divindades romanas eram práticas interligadas pela manutenção do poder do
imperador e se aplicava no controle das províncias romanas. Para [Arthur Darby
Nock ,1934] e análise de [Mota ,2023], chamam a atenção para as múltiplas
expressões de devoção da autoridade imperial, que tais práticas contribuição
para o controle social e a ordem política no Império Romano. Como indica na
mensagem na carta de Plínio a Trajano, as devoções aos deuses romanos e as
orações dedicadas a Trajano personificam o poder das divindades, mas também a
da figura do Imperador.
A
dinâmica da figura do imperador entra em choque com o que o Judaísmo e
movimento cristão e da mesma forma as autoridades romanas não vêm com bons
olhos as práticas dos cristãos que vinham como costumes incomum e
desrespeitosas. Como exemplo para os Romanos segundo Tácito (anais 15:44) em [Chevitarese,
2006] no século I, acusava os cristãos por práticas de superstição e de ter uma
religiosidade contra o gênero Humano (odio
humani generis).
A segunda questão a analisarmos é sobre o
Contexto administrativo e Jurídico dos Romanos frente aos cristãos demonstradas
nas epistolas de Plínio a Trajano em se tratar da questão do movimento dos
Cristãos na Betinia. Comumente a isso segundo a [Angeolozzi, 2003] o cargo de
Plinio como Governador, teve atribuições políticas administrativas e jurídicas
para a província como: examinar irregularidades na administração de recursos,
eliminar desordens políticas e resolver casos criminosos pendentes. Contudo
Plinio também encontrou questão do movimento cristão que se espalhava na bacia
mediterrânea, e que chamou a sua atenção na questão jurídica romana.
Plinio
em diálogos com Trajano descreve o Cristianismo como um movimento de
superstição, assim ele inicia uma busca em metodologias jurídicas para
julgamento e punição de Cristãos na Bitinia-Ponto. [Chevitarese. Justi ,2024].
Inicialmente Ele (Plinio) indaga a Trajano sobre meios jurídicos em Roma para
condenar os cristãos como cita a primeira parte da carta 96. Plínio ao imperador Trajano-Tradução [STADLER , 2018]
“Meu
senhor, tenho como costume fazer chegar a ti todas aquelas dúvidas que me
acometem no cumprimento de meu cargo. Quem melhor, na verdade, para conduzir
minhas hesitações por um bom caminho ou instruir-me em minha ignorância? Nunca
participei em Roma de nenhum processo contra os cristãos. Desconheço por isso
qual é o crime do qual os acusam, quais punições merecem, qual procedimento
deve regular o inquérito e quais limites devem colocar-se a eles”[STADLER ,2018, p.82]
Segunda
parte:
“Perguntei
diretamente a eles se são cristãos. Ao responder-me que sim, perguntei-lhes uma
segunda e até uma terceira vez, advertindo-lhes que o reconhecimento de algo
assim expressaria a morte. Aos que mantiveram sua declaração, ordenei que os
executassem. A razão disso foi que não me cabia dúvida de que, qualquer que
fosse a natureza do crime que confessavam, certamente este fanatismo e a
obstinação intransigente merecia a morte.” [STADLER ,2018, p.82] Em sua análise Plinio identifica os
Cristãos primeiramente logo após adverte-os e quais consequências e punições a
serem tomadas. Para [Justi e Chevitarese, 2024], Plinio em suas cartas no
primeiro momento demonstrava questionamentos em como agir juridicamente com
relação aos cristãos, pois de certo modo esse movimento religioso supersticioso
poderia promover agitação social contra Roma. A metodologia de Plinio com
relação aos cristãos era após identifica-los interroga lós sobre tortura e
tenta-los os investigados e se afastar daquela superstição, como comenta a sua
carta de 96:
“Aos
que negaram ser ou terem sido em algum momento cristãos, como invocaram aos
deuses de acordo com a norma ditada por mim, fizeram uma oferenda de incenso e
vinho diante de tua imagem, que com este propósito eu havia ordenado trazer
junto às estátuas dos deuses, e também maldisseram o nome de Cristo...” Plínio
ao imperador Trajano-Tradução [STADLER, 2018, p.83]
Não
obstante, Plinio insere outras normas Jurídicas para resolver a questão dos
Cristãos o mais breve possível. [Chevitarese e Justi, 2024]. A primeira era de
encorajar a população a realizar denúncias contra os cristãos, a segunda caso o
réu fosse cidadão Romano era enviado a Roma. A terceira se o cidadão romano
fosse acusado de ser cristão por um certo tempo, poderia pedir perdão
oferecendo oferta aos deuses romanos, a quarta se o confesso se declara cristão
por duas vezes, se livraria da tortura, e por fim se réu reafirmasse ser
cristão por três vezes era aplicado a pena capital.
A
quem se declarava seguidor dessa “superstição”, Plínio em conversa com Trajano desenvolve
normas penais que antes não eram aplicadas no Império romano, assim suas
políticas tiveram uma ação em criar regulamentos jurídicos para o controle
daquele novo movimento religioso antes que não aplicadas. Logo as cartas de Plínio definem as bases do
controle romano sobre os movimentos cristãos, sendo um momento Histórico de
Roma em observar, coordenar e legislar sobre tal movimento no século II.
Considerações Finais.
Muito
do que comentam ou abordam sobre o Cristianismo ou sobre a “vida” do Jesus, em
um primeiro momento retomamos a discussão da falsa ideia que somente a Teologia
pode demonstrar e apresentar um Jesus da Bíblia como uma verdade absoluta. Os
movimentos de diversas igrejas e seus ensinamentos nas escolas de estudos
bíblicos em catequeses, pregações não demonstram qualquer proximidade com base
teórica metodológica e científica da História, as ideias fundamentalista estão
unicamente vinculadas a achismos. A ideia de “irracidade “da bíblia durante
séculos não abre oportunidades com diálogos científicos, em que em grande
maioria das instituições religiosas, grandes ou pequenas, apenas pregam um
fundamentalismo rasteiro, que distorcem a imagem de Jesus, usando o
cristianismo com ideias preconceituosas e de ódio em seus púlpitos. [Chevitarese,
2024].
Diante
desse contexto a historiografia analisa diversas documentações muito além que
os textos evangélicos, que nos mostra as grandes transformações que os
Movimentos de Jesus sem Jesus apresentam no recorte Histórico do Século II.
Assim as experiências da análise da documentação das Carta de Plinio o Jovem a
Trajano no século II, nos traz a margem o conhecimento da rota de expansão do
Movimento Cristão na bacia Mediterrânea, mais precisamente na Província da Bitinia ponto.
Não
obstante, as Cartas de Plinio o Jovem também nos fornece informações detalhadas
sobre o Poder e a sociedade Hierarquizada do império romano e qual foi a
trajetória de Plinio juntamente com o Imperador Trajano em no contexto
administrativo, social político e Jurídico, que inaugura as primeiras recepções
do Império Romano em relação a esse movimento de Jesus, sem Jesus.
Referências
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Thiago David. PLÍNIO, CARTAS, LIVRO X:Tradução das epístolas trocadas entre
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- Ano 11 - Número 28 – Edição Especial, Aracaju, SE, 2018
EVANGELHO
DE LUCAS: BÍBLIA: MENSAGEM DE DEUS, edi Loyola, 1994
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