Douglas Tacone Pastrello

 

VISÕES SOBRE O JAPÃO E JAPONÊS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX NO BRASIL: ENTRE PRECONCEITO E EXOTISMO


Nos jornais e revistas da primeira metade do século XX, os japoneses eram vistos de três principais modos. Um povo trabalhador que tornou sua nação potência rapidamente e um povo oriental de costumes exóticos. Por outro lado, críticas também estampavam manchetes, artigos de jornais e revistas, sobre a incompatibilidade da raça “brasileira-europeia” com o a japonesa. A partir da década de 1930 e a eclosão da conquista japonesa na China, os japoneses se tornam uma ameaça militar, o “perigo amarelo”.

 

Nas primeiras décadas da imigração nipo-brasileira, os japoneses aparecem nas páginas de jornais como o “Correio Paulistano” oferecendo serviços urbanos ou por meio da venda de utensílios domésticos, como “louças japonesas”, “pratos japoneses” ou “vestes japonesas”. De todo modo, o exotismo japonês é visto como arte e objeto de desejo para a classe média que consome a imprensa do momento.

 

A revista “Fon-Fon”(Rio de Janeiro) é uma das que mais se destaca nesse exotismo comercial japonês. Em 1909, veiculou a seguinte publicidade sobre o Bazar Japão:


A imagem apresenta o então presidente da república Afonso Penna, o ministro da guerra Hermes da Fonseca (e futuro presidente), o ministro de relações do exterior Barão do Rio Branco e o ministro da indústria Miguel Calmon Almeida. Todos trajados de quimonos japoneses enquanto discutem sobre o chá, jiu-jitsu e pasta de dentes. A utilização de figuras públicas importantes do momento destaca o apelo da propaganda cultural para a venda, se até o presidente estaria interessado, por que não um cidadão comum?

 

Outro detalhe relevante da peça é a menção a arte marcial japonesa. Os recentes êxitos militares do Japão sobre outras potências, em especial ao Império Russo, destacam aspectos positivos ao povo japonês. O suposto treinamento militar brasileiro a partir do jiu-jitsu demonstra a eficiência da arte e a grandeza da cultura japonesa. O poder bélico japonês neste início do século XX ainda servia de inspiração, pois o fato de uma pequena ilha da Ásia ter derrotado um massivo império europeu – a Rússia – era digno de aplausos. O Japão era visto como eficiente nos campos da educação, do poder bélico e da cultura. Na parte iconográfica, a imagem apresenta as autoridades brasileiras com feições orientais e baixa estatura, assim como os povos japoneses eram descritos. Evidentemente, o principal objetivo é a promoção do Bazar ilustrado, mas isso não significa que a escolha artística aplicada não carregue outros detalhes em suas entrelinhas.

 

Já na edição 43 do ano 1922 dedicou uma página inteira a seguinte propaganda:

 

    

 

As gueixas estavam entre as coisas que mais chamavam a atenção ao exotismo japonês, vide a representação de dois manequins de gueixa em uma vitrine no centro comercial da capital. Buscava-se vender esse ideário como luxo, necessidade e experimentação. Em edição anterior do mesmo ano, a de nº 39, publicaram a mesma foto usada na edição 43 com os dizeres “De todos os pavilhões estrangeiros da Exposição, o que mais tem sido alvo da curiosidade publica é,sem duvida, o japonez”(FON-FON, 1922. N.39. p.58). Em sequência afirmam que “Vitrines luxuosas, caprichosamente ornamentadas e encerrando inestimaveis objectos, que só a paciência infinita dos nipônicos poderia conceber[...](Ibid). Encomendada ou não, a matéria assinala o comércio da cultura japonesa, representando este lado do desejo ao exótico.

 

Entretanto, vale salientar que esta admiração exótica não se exclui de uma interpretação preconceituosa, pois coloca a cultura nipônica como objeto de admiração circense apenas. Segundo Maria Luiza Carneiro (2010), essa busca pela moda japonesa é consequência da redescoberta do Japão no século XIX pelo ocidente e pela solidificação do Japão como potência global no alvorecer do século XX. Essa idealização cultural abusa de estereótipos como forma de promover admiração, algo que, para a autora, desperta desejo na elite brasileira. Carneiro aponta a seguinte peça, também de 1909, para ilustrar esse desejo elitista ao exótico japonês:



Na imagem lê-se “A senhorita Maria da Glória, filha do Dr. Antonio Pagliano, trajada à moda das súbditas do Mikado”. Portando um leque, sombrinha, sapatos japoneses, o penteado das gueixas, um quimono e com Copacabana no horizonte, a moça “fornece a ilusão de estar diante de uma representação convincente de uma mussumê”[moça ou filha] (CARNEIRO, 2010. p.33). Portanto, o exotismo japonês representa essa ambiguidade em relação ao “amarelo”, por um lado é um povo delicado, culturalmente forte e inteligente, mas é, também, um povo belicoso e de “falsos sorrisos”.

 

Em outro periódico, “O malho”(RJ), os traços culturais japoneses foram destaque em um artigo de 1936 [Edição 152, página 14.] chamado “O Beijo no país das cerejeiras”. O artigo já se inicia relembrando o estereótipo da delicadeza e destacando que o povo japonês desconhece o beijo, tanto fraterno quando de amor. Em sequência, associa-se o Hara-Kiri[forma como o suicídio pela honra, seppuku, ficou conhecido no ocidente] com a frustração amorosa, propondo a solução por meio do kissu, o beijo. A concepção deste artigo evidência, mais uma vez, o exotismo cultural do Japão, baseado em estereótipos que mais se assemelham ao mal gosto de um hotel com temática egípcia do que uma admiração propriamente dita. Em suma, o desconhecimento do seppuku enquanto uma prática relacionada a moral e a honra, assim como a idealização do amor ocidental na cultura nipônica deixam evidentes como o Japão é visto como uma obra de arte em museu e não uma cultura viva.

 

Na mesma linha de raciocínio é publicado a matéria “Os milagres do Shintoismo”, na edição 236 de 1937. A publicação trazia paralelos do sucesso japonês, especialmente nos seus avanços militares, à cultura religiosa vigente no país. A revista faz menção as orações públicas do primeiro-ministro Ito Hirobumi. Na matéria vincula-se o xintoísmo japonês ao ocultismo, descrevendo as “características telepáticas da religião”, assim como “intensivo treinamento para telepatas”. O “furo” jornalístico vai além e afirma que durante a guerra russo-japonesa a telepatia serviu para o envio de ordens e estratégias militares e como o relato de um “padre shintoista” que teria salvado três pescadores a 13 milhas de distância do mar, com sua telepatia. O artigo, assinado por Demetrio de Toledo, diretor da revista Sombra e Luz, definida como espiritismo científico e ocultismo, pode não expressar uma ideia exclusiva da revista “O malho”, mas aborda esse exotismo e mistério que cerca a cultura japonesa. A decisão de publicar tal escrito, independentemente da posição da revista sobre o suposto ocultismo japonês, evidência essa característica paisagística da cultura japonesa na imprensa.

 

Para além do exotismo, houve imensa admiração pelo crescimento do Japão que passou a servir de modelo para a recente república brasileira. A imprensa carioca, paulista e até paranaense frequentemente emitiam artigos louvando a educação japonesa, o senso de conduta do país e os colocando como exemplo para brasileiros, tidos como analfabetos e/ou preguiçosos.

 

Em extenso artigo, nomeado “A instrução no Japão”, Amandio Sobral disserta sobre a distribuição e forma do ensino japonês em 1908 no jornal Correio Paulistano. No artigo disserta-se sobre a grandiosidade numérica e material do ensino japonês, argumentando que o cidadão ideal deve possuir boas faculdades mentais e físicas. Em tom de reverência, o autor aponta como a leitura no Japão é amplamente ensinada, demonstrando os altos números de periódicos, livros e jornais do Império nipônico. Considerando o nível educacional e contexto brasileiro do momento, não é difícil imaginar como estes dados chamariam atenção, ilustrando o crescimento até o nível de potência do Japão. Por fim, o artigo descreve a equidade de homens e mulheres no ensino e como a imprensa possui um papel fundamental nesse Japão letrado.

 

Esse artigo pode ser compreendido não somente como um esforço de contextualização da geopolítica global, mas como uma ode ao ensino japonês. As transformações da nação japonesa não passavam imperceptíveis para as mentes do Brasil. Como afirmado em capítulos anteriores, o Império japonês neste momento é visto como exemplo para um país subalterno como o Brasil. O desafio colocado pelas tropas japonesas as nações “ocidentais” foi algo nunca visto anteriormente, uma vez que a Europa sempre era considerada o centro do mundo ocidental e era tida como a “conquistadora do mundo”.

 

Em 1930, na edição 47 do Jornal do Commercio(RJ), Mario Pinto Serva assinou um artigo intitulado “O dever dos intellectuaes brasileiros”. O artigo aponta um problema na educação brasileira, que segundo o autor, encontra problemas de “organização”, transparecendo uma crítica velada a cultura brasileira:

 

“Por isso é que entendemos que o problema da educação no Brasil não é um problema de methodos, mas sim de organização. O essencial é em cada um dos 21 Estados uma organização que leve aos cérebros de todos os brasileiros sem excepção o mínimo de luz com a qual eles possam aperfeiçoar-se por si mesmos. (JORNAL DO COMMERCIO, 1930. Edição 47. p.11)”

 

O artigo segue a ideologia do auto sacrifício japonês promovido pela cultura da honra nipônica. Serva, aponta que a nossa cultura no momento é incapaz de produzir ideias e que “nossos patrícios não possuem nenhuma luz intelectual”. Parte disso, para o autor, reside no fato de os “povos latinos” educarem somente suas classes superiores. Para corrigir o problema sugere-se a ampliação da leitura, criação de bibliotecas e o nivelamento educacional entre as classes sociais. A idealização nipônica é promovida deliberadamente, afirmando que o Brasil, caso fosse dominado pelo povo japonês, em meras décadas já não se reconheceria.

 

Pinto Serva exalta, por meio da escrita, a necessidade da organização nacional em prol da educação do povo, uma educação deliberada e generalizada como ocorreu no Japão. O embasamento de Serva para tal conclusão reside nas estatísticas militares do período, em que as maiores potências são aquelas mais educadas. De fato, o Japão era uma potência educacional, possuindo o maior aporte literário do globo em 1930: mais jornais, mais livros publicados e menor índice de analfabetismo entre as potências. O preconceito ao “cabloco” ignorante e brasileiro foi respaldado pelo próprio brasileiro, que via no japonês um cidadão ideal e invejável.

 

Obviamente, está é uma visão da classe média que estava habituada ao estudo, a leitura e ao consumo de jornais. Logo, o artigo de Pinto tem como público-alvo aqueles que já possuem o “dom intelectual”, tendo sido previamente endereçado para essa elite, algo enfatizado pelas citações em francês e latim do artigo.  Distante de outras correntes eugenistas do momento, o artigo expressa uma opinião que ressonaria até os dias de hoje no senso comum. A citação de países do extremo oriente, como Japão, Coréia do Sul e Cingapura, como exemplos de crescimento por meio da educação pública é algo que ainda é recorrente na cultura brasileira.

 

A elite intelectual brasileira muito habituada ao estudo fora do país na primeira metade do século XX sempre buscou modelos para o Brasil. Entretanto, o artigo foge do padrão ao enaltecer uma nação não ocidental neste aspecto. E de fato, a educação japonesa teve um papel importante nesse novo Império japonês. A educação compulsória e um estrito código moral vigente para os cidadãos exprimem o desejo de sucesso de Serva Pinto na citação Qui leges sime moribus?, do latim “que leis estão prosperando na moral?” Os problemas organizacionais apontados pelo autor podem, também, serem entendidos como essa falta de controle moral da população brasileira.

 

Também, no ano de 1930, o Jornal do Commercio(RJ) publicou a matéria “Aspectos do Japão”, sobre a viagem do professor Juliano Moreira ao Japão. Semelhante a matéria de 1908 do correio paulistano, o artigo faz uma genealogia do ensino universal japonês, voltando as raízes do século XIX, memorando o ensino a ambos os sexos, os números de leitores e publicações. Este detalhe é importante, pois como mencionado anteriormente o número de publicações em vigor no Japão durante o século XX era maior que as grandes potências ocidentais. Os detalhes do avanço japonês na educação e nos conflitos militares eram coisas tidas como inesperadas de um povo, primeiro não europeu, segundo não branco.  A reverência ao sucesso japonês é evidente em diversos periódicos e períodos por intelectuais brasileiros, sendo reconhecido pela imprensa de modo geral.

 

Entretanto, apesar de descrições positivas em relação ao Japão, sua cultura e ensino – principalmente – há um claro distanciamento para com o povo japonês. A cultura é digna de admiração, mas exótica, apreciada em justas medidas. Enquanto o ensino é louvável, mas extremamente vinculado ao “gene japonês”, como se tais ideias fossem impossíveis de serem alcançadas por outros povos, tal como o brasileiro.

 

Em síntese, pode-se explicar este fenômeno por meio da geografia humanista de Yi-Fu Tuan(1980). Na “teoria de centro” do autor, uma cultura tende a personificar seu centro cultural como padrão e correto, enquanto a medida que nos distanciamos geograficamente deste centro passamos a pensar as culturas distantes como bizarras, anormais e não identificáveis. O Brasil, por sua vez, apesar de sua miscigenação com povos africanos, indígenas e europeus, tinha como centro cultural o branco europeu. Logo, a identificação cultural brasileira, especialmente da classe média letrada, era ainda com povos da Europa. Além disso, o desejo de branqueamento da população por meio da imigração representava essa visão da elite. Aos olhos da classe política e da elite o Brasil era em seu núcleo branco e europeu, devendo assim permanecer.

 

Quando dividimos o mundo entre “Ocidente” e “Oriente”, já pressupomos uma diferenciação binária que categoriza totalmente povos e culturas de maneira arbitrária. A Australia, por exemplo, é mais próxima das longitudes do Japão do que da Inglaterra, entretanto é considerada ocidente. A cultura brasileira pouca coisa se parece com a cultura parisiense, mas ambos se categorizam como ocidente. O fenótipo do Oriente Médio possui pouquíssimas paridades com o nipônico e ambos são vistos como orientais. Assim sendo, percebe-se que essa divisão binária não possui relação com fenótipos e/ou distância geográfica, é uma decisão arbitrária baseada em uma suposta identificação cultural. Logo, essa identificação brasileira do momento com a cultura branca e europeia resulta neste cuidado técnico e distanciado ao tratar da cultura japonesa. A centralização cultural brasileira no padrão europeu deixa visível que eventualmente o japonês seria visto como um problema.

 

Deste modo, a cultura japonesa conforme vista nos documentos acima, sobre uma visão paradoxal ao ser confrontada com a realidade dos núcleos japoneses em solo brasileiro que possuíam, também, características próprias e japonesas, mas parecem praticamente ignorados em grande parte, a exceção da política. Na política nacional, especialmente na década de 1930 há um grande esforço pela proibição do não europeu, com o japonês incluso. Nesta visão eugenistas, creditasse aos não caucasianos uma genética não digna e nociva. Logo, denota-se como as visões em torno do japonês pela elite e classe média de maneira geral no Brasil, mesmo quando positivas,  recaem sobre um preconceito racial e exotismo que dificilmente encontrariam um respaldo real ao serem confrontados com a realidade.

 

Referências

Ms. Douglas Pastrello atualmente é doutorando no programa de História Política da Universidade Estadual de Maringá, possuindo pesquisa com ênfase no Japão contemporâneo do século XX e uso do cinema enquanto fonte histórica.

 

Luiza. A biotipia do imigrante ideal: Nem negro, nem Semita, nem Japonês. In: Imigrantes japoneses no Brasil: trajetória, imaginário e memória. São Paulo: Edusp. 2010. p.63-96.

Lone, Stewart. The Japanese Community in Brazil, 1908-1940: between Samurai and Carnival. New York: St. Martin press. 2001.

OMURO, SELMA DE ARAUJO TORRES. A ESCOLARIZAÇÃO DOS IMIGRANTES JAPONESES E SEUS DESCENDENTES NO NÚCLEO COLONIAL DE REGISTRO/SP (1913-1938). In: Anais XXVII simpósio nacional de História. Natal: ANPUH. 2013. Acesso online. Disponível em: http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364356046_ARQUIVO_Anpuh_2013_Selma_Omuro.pdf

TAKEUCHI, Marcia. Y. O Império do Sol nascente no Brasil: Entre a idealização e a realidade. In: Imigrantes japoneses no Brasil: trajetória, imaginário e memória. São Paulo: Edusp. 2010. p.63-96.

TUAN,Yi-fu. Topofilia. São Paulo: Difel. 1980.

 

 

Documentos citados:

Correio Paulistano, 1908. Edição 16233.

Jornal do Commercio, 1930. Edição 47.

Jornal do Commercio, 1930. Edição 190.

Jornal do Commercio, 1930. Edição 47.

Jornal do Commercio, 1930. Edição 190.

Revista Fon-Fon, 1909. n.12.

Revista Fon-Fon, 1909. n.46.

Revista Fon-Fon, 1922. Edição 39.

Revista Fon-Fon, 1922. Edição 43.

O malho, 1932. Edição 1523.

O malho, 1936. n.152.

O malho, 1937. n.236.

 


6 comentários:

  1. Bom dia, Douglas

    Seu trabalho de pesquisa preenche uma lacuna importante nos estudos sobre o imaginário sobre os japoneses no Brasil. Ele inicia no ponto onde eu parei a minha pesquisa no “Matizes do Amarelo”, avança até dialogar com a pesquisa da historiadora Márcia Y. Takeuchi (décadas de 1920-1930), acho esse ponto positivo.O seu texto está bem informativo, apresentando as fontes primárias de maneira clara, no entanto ele carece de algumas fontes conceituais. Por exemplo ao citar os termos “exótico”, “exotismo”, qual(is) seria(m) seu(s) autor(es) de referência ? Não ficou claro para mim essa ideia no texto. E como essas visões se originam? A leitura do texto nos dá a impressão que estas narrativas (textuais e iconográficas) surgem com o início da imigração japonesa (1908). O que na verdade não ocorreu. Sucesso na sua pesquisa
    Att.

    Rogério A. Dezem

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde, Rogério. Muito obrigado pelas considerações, é sempre muito bom quando um grande pesquisador da área aponta questões do texto. Quanto a pergunta, esse tópico surgiu paralelamente com a pesquisa de cinema entre os migrantes que estou desenvolvendo, realmente há uma carência conceitual ao argumentar sobre o exotismo/exótico, entretanto dei priorizade ao nome e não ao conceito, mas, também, ressalto que há um pequeno uso da geografia humanista de Yi-Fu Tuan para a caracterização desses sentimentos em outros momentos da pesquisa. Sobre o inicio, de fato há eventos anteriores, o recorte se deu em especial pela relação temporal com o inicio "oficial" da imigração a partir do kasato maru.

      Novamente, obrigado pelas considerações.

      Douglas Tacone Pastrello

      Excluir
    2. Agradeço a resposta. Obrigado.

      Dezem

      Excluir
  2. Oi, Douglas, tudo bem? No texto você cita uma referência que não encontrei na lista, no final. Você poderia compartilhar qual é o texto de Maria Luiza Carneiro onde ela fala sobre a moda? Acho que poderá ser bem útil para minha pesquisa. Desde já, agradeço.
    Um abraço e sucesso em sua pesquisa,
    Natália de Noronha Santucci

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde, Natália. O texto é parte de uma coletânea chamada "imigrantes japoneses no Brasil: trajetoria, imaginario e memória" de organização de Maria Luiza Carneiro e Marcia Takeuchi.

      Douglas Tacone Pastrello

      Excluir
  3. Olá, Douglas! Tudo bem? É muito interessante como você evidencia essa “exotização” da imprensa carioca da época retratando o povo japonês. A minha pergunta é a seguinte: você acha que com o avanço da internet na virada do atual milênio e as constantes influências de produções audiovisuais asiáticas, atualmente já conseguimos construir uma visão menos estereotipada do Japão e mais próxima da cultura japonesa de fato?

    Caroline Trapp de Queiroz.

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.