Vitor Yukio Ivasse Alves e Elizete Albina Ferreira

 

AS PERSONAGENS DE YASUNARI KAWABATA COMO EXPRESSÕES DA VONTADE: UMA PERSPECTIVA SCHOPENHAUERIANA

 

 

A literatura, como um dos produtos mais notáveis do movimento modernista japonês, desencadeou um esforço deliberado dos romancistas para criar um estilo de escrita inovador, incorporando vários elementos característicos do Modernismo. Esses romances, ao atraírem uma audiência jovem, elevaram a popularidade de seus autores à condição de representantes proeminentes de uma nova era resplandecente. Contudo, tais obras foram frequentemente obscurecidas por uma profusão de metáforas, ocultando as ideias dos autores e os sentimentos dos protagonistas, o que resultou em reputações frequentemente controversas devido à dificuldade inerente na apreensão de seus textos.

O Shinkankakuha, liderado por Yasunari Kawabata (1899-1972) e Riichi Yokomitsu (1898-1947), foi um grupo literário japonês pré-guerra que, conforme Meiko Shimon (2020), buscava renovar a expressão da literatura japonesa sob a influência do modernismo ocidental. Os ideais desse movimento neo-sensorialista aspiravam a uma nova estética literária, caracterizada por uma amplitude imagética não convencional. Distanciando-se dos ritmos harmônicos da natureza, Kawabata concebeu uma estética que, em meio a sensações avassaladoras, originava associações inusitadas e metáforas táteis, visuais e auditivas, desvelando os processos frágeis da existência humana na vida cotidiana. Essa abordagem amalgamava elementos culturais orientais e filosóficos de forma surreal, enquanto Kawabata fundia sentimentos e emoções, acentuando o estilo linguístico inerente à estética tradicional japonesa.

Yasunari Kawabata, laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1968, destaca-se como o primeiro escritor japonês a alcançar tal distinção. Integrante da geração de escritores herdeiros da Era Meiji (1868-1912), período que possibilitou a abertura cultural do Japão às influências ocidentais, Kawabata desenvolveu uma prosa simultaneamente lírica e fluida. Seus recursos estilísticos promovem uma imersão profunda, conferindo as suas narrativas uma introspecção que se estende além da psicologia das personagens, integrando reflexão, sentimento e percepção em uma fusão sensível e única.

A análise dos elementos narrativos nas obras de Kawabata suscita reflexões sobre a existência humana, as dores que eclipsam os prazeres e a incessante busca pela felicidade. Essas reflexões encontram paralelos na metafísica do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860), conforme delineada em O Mundo como Vontade e Representação (2015).

A filosofia schopenhaueriana, cuja premissa central é a de que a dor na vida humana supera o prazer, e de que a felicidade é inatingível, considera o mundo como manifestação de uma força irracional chamada "vontade de viver". Os seres humanos, por sua vez, são agentes compelidos a experimentar amor, ódio, desejo e rejeição. Sob essa perspectiva, o sofrimento constitui a essência fundamental do mundo.

A teoria filosófica de Schopenhauer, alicerçada na psicologia e nas experiências humanas, oferece uma estrutura conceitual densa que enriquece a análise das personagens nas obras de Kawabata. Schopenhauer (2015) apresenta uma visão singular da natureza humana e das forças motivadoras subjacentes às ações, destacando a Vontade como um impulso primordial e incessante que permeia desejos e condutas. Essa perspectiva filosófica ressoa nas narrativas de Kawabata, nas quais as personagens, de forma reiterada, entregam-se a uma busca incessante por sentido e prazer. A análise sob a ótica schopenhaueriana desvela as motivações latentes que movem as personagens, iluminando a profundidade de suas ações.

Schopenhauer (2015) também reconhece o sofrimento como uma constante inexorável da condição humana, frequentemente predominando sobre o prazer. Os protagonistas de Kawabata são atravessados por dilemas pungentes, e uma leitura fundamentada nessa perspectiva justifica as formas como eles enfrentam o sofrimento, delineando como esse fardo molda suas personalidades.

A CASA DAS BELAS ADORMECIDAS (1961)

As personagens de A Casa das Belas Adormecidas, de Yasunari Kawabata, permitem uma análise profunda sob a lente filosófica de Arthur Schopenhauer, especialmente no que concerne à noção de Vontade. Para o filósofo alemão, a Vontade é uma força irracional e insaciável que governa os desejos humanos, manifestando-se em comportamentos compulsivos e impulsos inconscientes. No universo de Kawabata, essa Vontade atua como um elemento central, especialmente através da figura de Eguchi, o protagonista, que é absorvido por um fascínio mórbido ao contemplar a juventude e a beleza em sua forma mais pura, mas também mais vulnerável e inacessível.

Eguchi é um personagem marcado pela busca incansável e, ao mesmo tempo, pela frustração inevitável dos desejos humanos. Sob uma perspectiva schopenhaueriana, ele está imerso em uma trama de erotismo sublimado e nostalgia irremediável, que se materializa em sua interação com as jovens adormecidas. A tensão erótica, contudo, é modulada pela impossibilidade de consumação física, um aspecto que sugere a presença latente de uma Vontade irrealizável. Segundo Schopenhauer (2015), a Vontade nunca se satisfaz, e essa insatisfação se projeta no abismo entre a aspiração de Eguchi e sua incapacidade de materializar o desejo. Em cada encontro, Eguchi é confrontado com uma impotência que transcende o físico e toca o metafísico: o velho deseja algo que não pode ser obtido, algo que se oculta nas profundezas de seu inconsciente e que apenas o sonho ou o devaneio conseguem vislumbrar.

A relação de Eguchi com as jovens adormecidas, portanto, representa a Vontade como uma força que ultrapassa a esfera do desejo sexual e adentra o terreno da pulsão de vida e morte, ou, no jargão de Freud (1989), do Eros e do Tânatos. Eguchi é constantemente impelido a se aproximar das moças em um estado de vulnerabilidade total, mas é, ao mesmo tempo, refreado pela regra do bordel que impõe a pureza do sono. Esse paradoxo é emblemático de uma frustração ontológica, em que o desejo é eternamente dirigido ao inatingível, gerando uma angústia existencial próxima àquilo que Schopenhauer identifica como sofrimento essencial da Vontade.

As jovens adormecidas, por sua vez, encarnam o conceito schopenhaueriano de Representação. Enquanto Eguchi busca nelas uma resposta a sua própria finitude e decadência, elas permanecem como objetos, projeções da Vontade que nunca se concretizam como seres autônomos. São, nesse sentido, meras representações do desejo e da memória do protagonista, simbolizando uma juventude intocada e imutável, que contrasta com sua própria decadência. Essa objetificação das jovens vai além de um artifício narrativo erótico; ela manifesta um mundo onde a Vontade é cega para a individualidade e a humanidade do outro, levando Eguchi a ver as mulheres apenas como expressões de sua própria falta.

Os tumultuosos sentimentos de Eguchi emergem ao deslizar entre as colchas ao lado de sua primeira concubina adormecida. Uma exaltação inicial invade-o ao perceber atributos como beleza, juventude, vitalidade e uma contenção firme de seu poder erótico. No entanto, uma mudança abrupta ocorre em seu estado emocional; a incapacidade da mulher em reconhecê-lo, ainda em sono, passa a ser interpretada como uma rejeição deliberada, transformando-se em uma ameaça iminente de aniquilação. O breve desconforto emocional lentamente cede lugar ao silêncio, e Eguchi se deita ao lado dela, imerso em pensamentos sobre as mulheres que marcaram sua vida. Os ecos de amores passados reverberam com uma frieza cortante e um tom predatório. Essas memórias se misturam com outras, mais remotas e insatisfatórias, que envolvem suas filhas e netos. Um sentimento sombrio surge dentro dele, gerando dúvidas sobre se, em algum momento, realmente se sentiu vivo. No entanto, ao tomar os comprimidos prometendo um sono reparador, a noite não se encerra com a tranquilidade desejada, mas com um pesadelo perturbador que o força a acordar. Esse sono inquietante remete à reflexão filosófica de Schopenhauer:

[...] o sono não deixa de ser um momento em que o peso da existência se encontra em suspensão. Na obra O mundo como vontade e representação, Schopenhauer desenvolve a tese de que a existência é extremamente dolorosa e nós estamos condenados a essa dor e ao fardo de sermos nós mesmos até o fim das nossas vidas. (Kanefuku, 2015, p. 20)

 

A análise das personagens secundárias reforça a ideia de um ambiente em que a Vontade reina sobre os princípios morais e éticos. As mulheres, objeto do desejo silencioso de Eguchi, não possuem nomes ou vozes, sendo reduzidas a corpos dispostos para o consumo visual e sensorial do protagonista. Kawabata, ao caracterizar essas jovens como seres inertes, expõe a Vontade como uma força opressiva, que submete tudo a um propósito egoísta e unilateral, enfatizando o lado trágico do desejo humano. A estrutura do bordel é, por si só, uma metáfora da tentativa de suprimir a Vontade por meio de regras sociais e limitações morais, mas que, no final, apenas intensificam a ânsia por algo inatingível. Schopenhauer (2015) argumenta que a única forma de apaziguar a Vontade é por meio da negação ou anulação dos desejos, mas Eguchi permanece preso a ela, incapaz de resistir ao chamado das pulsões.

Ademais, Kawabata sugere que o fascínio de Eguchi pelas jovens também é uma forma de enfrentar a finitude. As belas adormecidas representam um elo entre a juventude e a mortalidade, pois estão vivas, mas dormindo, quase mortas em sua imobilidade e silenciamento. Eguchi as observa com o desespero de quem vê na juventude alheia a lembrança de sua própria vitalidade perdida. No entanto, essa juventude lhe é tão inacessível quanto um sonho, um reflexo da Vontade que o consome. Nesse sentido, Eguchi se torna uma figura que, ao invés de transcender a Vontade, é tragado para dentro dela, mergulhando cada vez mais na ilusão de que pode alcançar a satisfação. A Vontade, portanto, não apenas o consome, mas lhe impõe uma condição existencial de eterna frustração.

A complexidade psicológica das personagens é, portanto, uma extensão da ideia schopenhaueriana de que a vida é essencialmente sofrimento, causado pela luta incessante da Vontade para se satisfazer. Em A Casa das Belas Adormecidas, Kawabata constrói um universo em que o desejo é redimensionado para uma dimensão mais obscura e trágica, em que a beleza e a juventude são inatingíveis e a presença da morte é constante, embora silenciosa. Para Eguchi, as jovens adormecidas representam o retorno de sua própria juventude, mas também o prenúncio de sua morte, funcionando como espelhos de sua existência efêmera. As jovens, que dormem em um estado quase de morte, são metáforas de uma beleza que se perpetua, mas que é estéril, sem vida ativa. Aqui, Kawabata reflete a Vontade que persegue Eguchi como uma espécie de maldição, pois ele está condenado a buscar e nunca possuir o que deseja.

Por fim, a narrativa de Kawabata, ao envolver as personagens em um misto de contemplação e repressão, cria uma ambiência que evoca o pessimismo de Schopenhauer em sua totalidade. O protagonista é compelido a enfrentar suas próprias limitações e perceber que seu desejo por juventude e vitalidade é um reflexo de sua luta contra o tempo e contra a morte inevitável. A Casa das Belas Adormecidas, nesse sentido, se torna um microcosmo da tragédia humana: um mundo onde a Vontade nunca cessa, e onde a satisfação é apenas uma miragem, um jogo cruel entre a vida e a morte.

O PAÍS DAS NEVES (1947)

Publicada em 1947, O País das Neves revela a complexa jornada emocional e existencial do protagonista Shimamura, um homem oriundo de Tóquio que se desloca para as montanhas japonesas com o objetivo inicial de experimentar as renomadas estâncias termais de Yuzawa. Contudo, essa viagem assume contornos inesperados, transformando-se em uma profunda investigação sobre identidade e desejo, marcando tanto a paisagem do corpo quanto da psique da personagem.

Nesse contexto, Shimamura encontra Komako, uma jovem gueixa com quem desenvolve uma ligação complexa e conflituosa. Paralelamente, ele se vê igualmente fascinado por Yoko, uma figura enigmática, cuja presença é revestida de uma aura trágica que a conecta intimamente ao ambiente montanhoso que habita. A interação com ambas as mulheres não apenas amplifica o conflito interno do protagonista, mas também expõe o dilema entre a transitoriedade dos sentimentos e a permanência da busca por sentido.

A narrativa se desenrola em um espaço geográfico e emocional marcado pela introspecção e pela efemeridade. O cenário nevado, frio e isolado se configura como uma extensão do estado psicológico das personagens, funcionando como metáfora para o mundo interior de Shimamura, o protagonista. A partir dessa construção de espaços e sentimentos, Kawabata se afasta de uma caracterização psicológica linear, criando figuras humanas que são, em sua essência, símbolos do desejo inatingível e da melancolia — aspectos intrínsecos ao conceito schopenhaueriano de Vontade. A relação entre Shimamura e Komako exemplifica, de forma cristalina, o jogo constante entre desejo e frustração, no qual o encontro dos amantes é simultaneamente um anseio por completude e uma confrontação com o vazio.

Shimamura personifica a Vontade em sua forma mais egocêntrica e escapista. Em sua fuga para a estação termal, busca uma espécie de ruptura com a monotonia e superficialidade da vida urbana. A atração que sente por Komako é, antes de tudo, uma expressão de seu desejo de preenchimento emocional, embora paradoxalmente ele nunca almeje uma união autêntica ou permanente com ela. A filosofia de Schopenhauer nos permite ver em Shimamura o dilema da Vontade, que, ao invés de encontrar satisfação, se afoga em desejos insaciáveis que jamais conseguem preencher o vazio existencial.

Para Schopenhauer (2015), o ato de desejar é o motor que impulsiona a vida humana, mas a satisfação completa desse desejo é impossível. Shimamura ilustra essa condição ao se entregar a uma paixão que sabe ser ilusória, refletindo o caráter cíclico e fútil da Vontade. Mesmo quando está fisicamente perto de Komako, ele se mostra incapaz de transcender a frieza emocional e o distanciamento que impõe a si mesmo e aos outros, reforçando seu papel como uma figura de exílio existencial.

Komako, por sua vez, personifica a Vontade que se manifesta na forma de autoanulação e entrega ao sofrimento. Como uma gueixa provinciana presa em um mundo de convenções e expectativas sociais, ela representa a Vontade voltada para o outro, numa tentativa de alcançar um amor que, ela intui, nunca será correspondido em profundidade. Sua dedicação a Shimamura vai além de uma simples paixão romântica; é uma busca por pertencimento e uma tentativa de encontrar significado em um mundo que, segundo a perspectiva schopenhaueriana, não possui essência duradoura. Schopenhauer (2015) observa que o sofrimento é intrínseco à existência porque o desejo, enquanto não satisfeito, causa dor, e, ao ser satisfeito, torna-se obsoleto, abrindo espaço para um novo ciclo de insatisfação.

Em Komako, o desejo de se conectar verdadeiramente a Shimamura é mais do que uma necessidade emocional; é uma expressão de seu anseio por transcender a finitude da vida. No entanto, a relação entre eles está marcada por uma assimetria fundamental, na qual o amor de Komako não é capaz de transformar Shimamura, mas apenas intensifica sua própria dor. A personagem, então, simboliza o sacrifício inerente à Vontade e à impossibilidade de realização plena, ecoando a ideia de que, para Schopenhauer (2015), a felicidade não é o destino humano, mas uma breve trégua no oceano de sofrimento que compõe a vida.

A presença de Yoko, uma figura enigmática e fugaz, intensifica ainda mais o dilema de Shimamura e a natureza do desejo como um ideal irrealizável. Ela é tanto uma personagem quanto uma imagem idealizada, que provoca em Shimamura uma sensação de beleza intangível, quase espiritual. Schopenhauer (2015) define a estética como um dos poucos meios de transcender momentaneamente a Vontade, e Yoko representa para Shimamura essa possibilidade de escape. No entanto, tal transcendência é efêmera, pois, ao tentar se aproximar dela, ele acaba trazendo-a de volta ao campo dos desejos e frustrações. A beleza, como Schopenhauer (2015) coloca, tem o poder de aliviar temporariamente o sofrimento da Vontade, mas nunca de eliminá-la. Yoko, portanto, permanece um ideal inalcançável que apenas reitera a incapacidade de Shimamura de encontrar paz.

Sob o prisma schopenhaueriano, a interação entre essas três personagens cria um microcosmo do sofrimento humano, gerado pela incessante busca por algo que não pode ser alcançado. O isolamento físico do vilarejo onde se passa a narrativa é uma alegoria para o isolamento emocional e espiritual das personagens, que, embora busquem conexão, permanecem distantes, refletindo a natureza cíclica e autodestrutiva da Vontade. Cada personagem está presa em um ciclo de desejo que nunca se completa: Shimamura busca preenchimento sem compromisso, Komako se entrega a um amor que a consome, e Yoko permanece um ideal etéreo. O desfecho do romance, marcado por uma separação inevitável e por um senso de desolação, reafirma a visão de Schopenhauer sobre a vida como uma "triste comédia", na qual as ilusões e os desejos humanos se repetem sem oferecer salvação.

Considerações Finais

Esta análise buscou evidenciar como Kawabata, influenciado pelas correntes modernistas e pelo Shinkankakuha, expressou, por meio de suas personagens e narrativas, uma profunda melancolia e reflexão existencial. Obras como A Casa das Belas Adormecidas e O País das Neves delinearam uma estética que abordou a psique humana e a efemeridade do desejo, incorporando os conceitos de Vontade e Representação de Schopenhauer, transpondo sua filosofia para o contexto literário japonês.

Ao explorar a insatisfação e o sofrimento inerentes ao desejo humano, Kawabata criou personagens que, assim como a Vontade descrita por Schopenhauer, estavam presos a uma busca incessante por significado. O autor utilizou o simbolismo do espaço – como o bordel em A Casa das Belas Adormecidas e as montanhas nevadas em O País das Neves – como metáforas da condição humana: locais de isolamento e contemplação que refletiam o vazio existencial e a transitoriedade da vida. A narrativa não apenas representa a tensão entre desejo e frustração, mas também a inexorabilidade do sofrimento, central para a experiência humana, segundo Schopenhauer.

Integrando a Vontade com as sutis metáforas de Kawabata, a literatura modernista japonesa ressoa universalmente, traduzindo o sofrimento individual em uma reflexão coletiva sobre a impermanência e a nostalgia. A análise demonstrou que o legado de Kawabata ultrapassou o âmbito literário e dialogou com uma tradição filosófica que via a vida como um ciclo de desejos insaciáveis, no qual o prazer era efêmero e o sofrimento, constante. Kawabata utilizou a estética e o erotismo como veículos para representar as forças que moldaram a condição humana, criando uma narrativa que, embora enraizada na cultura japonesa, encontrou significados profundos na esfera existencial global.

Referências

Vitor Yukio Ivasse Alves é Graduando do curso de Letras - Língua Portuguesa na Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Discente colaborador do corpo editorial da Guará - Revista de Linguagem e Literatura (PPGLET/PUC-GO). Integrante do grupo de pesquisa no Estudos da Personagem (PUC-GO), em parceria com a Universidade de Coimbra, Portugal (UC) E-mail: yukiovitor@gmail.com

Elizete Albina Ferreira é Doutora em Estudos Literários pela Universidade Federal de Goiás, professora do Programa de Pós-Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Vice Coordenadora do PPGLETRAS - Programa Mestrado em Letras PUC/Goiás. Editora-chefe da Guará – Revista do PPGLET/PUC-GO. E-mail: elizetealbinaferreira@gmail.com.

 

 

FREUD, S. Além do princípio do prazerEdição standard das obras completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1989.

KANEFUKU, Louise Shizue. A água, o sonho e a insônia: possibilidades poéticas no desenho. 2015. 47 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Artes Visuais) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2015.

KAWABATA, Yasunari. A casa das belas adormecidas. 9. ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2019.

KAWABATA, Yasunari. O país das neves. 5. ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2016.

SAKURAI, Célia. Os japoneses. 2. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2021.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. 1 ed. São Paulo: Editora Unesp, v. Tomo II, 2015.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, v. Tomo I, 2015.

SHIMON, Meiko. Concepção estética de Kawabata Yasunari em Tanagokoro no Shosetsu (Contos que cabem na palma da mão). Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2000.

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